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Revista Charlie Hebdo hackeada e a Microsoft atribui a culpa ao Irão

A revista satírica francesa Charlie Hebdo ficou marcada, infelizmente, por um terrível ataque terrorista a 7 de janeiro de 2015 que vitimou várias pessoas que se encontravam nas instalações da empresa. Este macabro acontecimento marcou o mundo e deixou o jornalismo de luto.

Mais de 7 anos depois, a revista volta a ser notícia depois de ter sofrido um ataque de hackers. E os investigadores do departamento de segurança da Microsoft atribuem a culpa a uma equipa de hackers apoiada pelo governo iraniano.


Charlie Hebdo atacada e a Microsoft culpa hackers iranianos

As informações recentes revelam que a Microsoft acusa uma equipa de hackers apoiada pelo governo iraniano de ter supostamente roubado e divulgado uma base de dados privada de clientes da empresa satírica francesa Charlie Hebdo. A afirmação foi revelada por investigadores de segurança da empresa de Redmond nesta sexta-feira (3).

A revista sofreu um ataque de hackers no início do passado mês de janeiro de 2023 depois de ter publicado vários cartoons que retratavam negativamente o líder supremo iraniano Ayatollah Khamenei. Os detalhes indicam que as caricaturas faziam parte de uma campanha da Charlie Hebdo com o objetivo de apoiar os protestes contra o governo do país.

Um grupo de hackers que se autodenomina como “Almas Sagradas” publicou num fórum online ter tido acesso a nomes e contactos de mais de 200.000 assinantes da revista Charlie Hebdo, indicando ainda que iriam vender as informações por 20 bitcoins. Por sua vez, o jornal francês Le Monde considerou como autêntica uma amostra dos dados divulgados.

AFP PHOTO / TOSHIFUMI KITAMURA

Os profissionais de segurança da Microsoft adiantaram que o ataque à revista fazia parte de uma operação de influência digital ampla, com técnicas que correspondiam a atividades que haviam sido previamente identificadas e ligadas a equipas de hackers apoiadas pelo governo do Irão. “Esta informação, obtida por agentes iranianos, pode colocar os assinantes da revista em risco de ataques online ou físicos por parte de organizações extremistas“, disseram os profissionais da empresa de Redmond.

Para além disso, é ainda referido que o grupo responsável pelos ataques será o mesmo que o Departamento de Justiça dos EUA já tinham identificado como tendo interferido nas eleições presidenciais nos EUA em 2020, sendo que, na altura, o Irão negou as acusações.

Até à data deste artigo, os representantes do governo iraniano e francês ainda não haviam respondido ao pedido para comentar este assunto.

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