Para além da Apple, a Microsoft também revelou ontem os seus números referentes ao segundo trimestre de 2015.
Mas a grande diferença é que ao contrário da Apple, o mercado não foi tão simpático com a Microsoft e os seus números ficaram abaixo do esperado.
Apesar de não ser um trimestre negro para a Microsoft, a empresa está agora a pagar o preço de ter comprado a Nokia e os números não são totalmente favoráveis para a empresa.
Apesar de ter revelado que teve um valor de vendas de 22,06 mil milhões de dólares, que é ligeiramente inferior aos 23,38 do mesmo período do ano passado, a Microsoft acabou por fechar o trimestre com perdas na casa dos 2,1 mil milhões de dólares. Os 6,4 mil milhões de lucro efectivo foram directos para pagar a Nokia.
Apesar deste resultado, que está associado à Nokia, a Microsoft até nem teve um trimestre fraco. São vários os seus serviços que conseguiram crescer e apresentar resultados positivos.
No campo dos sistemas operativos, a Microsoft esteve estagnada. A proximidade do Windows 10 levou a que o mercado se retraísse e levasse a que menos máquinas fossem vendidas, arrastando consigo a venda de sistemas operativos. A quebra registada nesta área foi de 22%.
Mas a grande fatia de perda da Microsoft veio da divisão de dispositivos móveis. As perdas de vendas desta área chegaram aos 38%, o que significou que apenas tenha tido vendas de 748 milhões de dólares.
Curiosamente, o número de dispositivos Lumia vendidos foi de 8,4 milhões, o que representa um aumento face aos 5,8 milhões do ano passado. O problema veio da concentração de vendas em dispositivos de preços inferiores, o que fez baixar os valores das vendas.
Também na linha dos telefones, mas agora fora da linha Lumia, as quebras foram muito significativas. Foram vendidos apenas 19,4 milhões de dispositivos, face aos 30,3 milhões do ano passado. Aqui a causa está na falta de um telefone que tivesse feito a diferença e que fosse o elemento de destaque.
Mas houve áreas em que a Microsoft se destacou neste trimestre. O seu serviço Cloud teve um crescimento de 88%, que acabou por contribuir com 8 mil milhões de dólares de lucro para a Microsoft. Também o Office 365 conseguiu aumentar o seu número de utilizadores em três milhões, situando-se actualmente nos 15 milhões.
Mesmo com um trimestre menos positivo, a Microsoft tem no futuro alvos muito precisos e que vão trazer de volta a empresa para uma zona mais confortável.
O Windows 10 está a apenas uma semana de chegar ao mercado e isso será uma alavanca para que a empresa consiga recuperar. Também as mudanças que o seu CEO, Satya Nadella, impôs vão em breve começar a torná-la mais ágil e mais simples.