O Projeto Natick, o datacenter da Microsoft colocado no fundo do mar, começou em 2013. Nessa altura surgiu a primeira ideia o que levou nos anos seguintes ao desenvolvimento dos primeiros protótipos e a sua colocação ao largo da Florida. Posteriormente, em 2018, após vários anos de testes, a empresa colocou um centro de processamento de dados no fundo do mar escocês. Assim, durante dois anos, centenas de servidores estiveram a uma profundidade de 37 metros a funcionar sem problemas e com selo de sucesso.
A Microsoft, depois de o retirar da água e tendo avaliado todo o conjunto de experiências, revela agora que o “dunking datacenter” é uma ótima ideia.
Projeto Natick da Microsoft obteve sucesso com o dunking datacenter
Após anos de testes e dois anos de trabalho real com as condições naturais do oceano gelado do mar escocês, foram retirados 864 servidores e 27,6 petabytes de armazenamento mergulhados a 37 metros de profundidade no oceano. Agora, a empresa deu a saber que a sua última experiência foi um sucesso.
Além do desafio de ter milhões de dólares armazenados nas águas geladas, a Microsoft obteve algumas descobertas importantes. Tal informação revela que a ideia de um datacenter subaquático é, na verdade, muito boa.
Poupança energética acima de tudo
São muitos os projetos que deslocam centros de armazenamento de computadores e dados para localizações geladas. A ideia subjacente é, principalmente a poupança de energia que se obtém na refrigeração das unidades. Neste caso, a ideia foi colocar unidades de armazenamento dentro de “submarinos” que estavam mergulhados em águas geladas.
Em terra, os datacenters enfrentam problemas como corrosão por oxigénio e humidade, além das variações de temperatura. Contudo, num ambiente à prova d’água com controlo de temperatura rígido, aparecem muito menos problemas. A ideia é que este tipo de servidores possam ser facilmente implantados em tamanhos grandes e pequenos perto da costa das áreas que precisam deles, dando um melhor acesso local a recursos baseados em nuvem em mais lugares.
Quais são então os benefícios deste datacenter?
Os benefícios são grandes. A Microsoft diz que o datacenter subaquático teve apenas um oitavo da taxa de falhas de um datacenter terrestre, uma melhoria dramática. Esta taxa de falha mais baixa é importante, visto que é muito mais difícil fazer a manutenção de um servidor avariado quando ele está num contentor hermético no fundo do oceano.
A empresa já está a explorar a ideia de servidores submersos há algum tempo. Além do que vimos em cima, em 2015, a empresa enterrou um datacenter na costa da Califórnia durante vários meses como uma prova de conceito para ver se os computadores sobreviveriam à viagem.
Este projeto, que agora foi retirado do mar, durou mais e com melhores resultados, o que dará à Microsoft informações e garantias para um futuro comercial.
Portanto, esta operação permitiu perceber que o Project Natick da Microsoft funciona. Além disso, mostrou que os servidores podem ser facilmente removidos e reciclados assim que chegarem ao fim das suas vidas úteis.
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