A decisão do Reino Unido, em abandonar a União Europeia, fazia adivinhar que os preços dos bens e serviços iriam reflectir uma tomada de posição nada consensual. Lentamente, o país começa a pagar a factura e os aumentos dos preços são uma realidade transversal a qualquer segmento do mercado britânico.
A Microsoft anunciou já que vai aumentar os preços do seu software e serviços cloud já a partir de Janeiro do próximo ano.
Será no primeiro dia do próximo ano que a Microsoft irá actualizar os preços dos bens e serviços que vende no Reino Unido. Esse aumento será diferenciado e terá valores distintos para o software e serviços cloud.
Segundo o que a empresa anunciou hoje, o software empresarial será aumentado em 13% ao passo que os serviços cloud que tem disponíveis vão ver os preços ajustados em 22%. Do que se sabe, o software dedicado aos consumidores não vai, para já, ver o preço agravado.
A razão apontada para este ajuste de preços prende-se com a necessidade de harmonizar as tabelas de valores, tendo em conta as perdas que a libra tem tido e para os equiparar aos preços praticados no resto da União Europeia.
O aumento dos preços terá impacto nas contas de milhares de empresas britânicas, mas também de serviços públicos, que assim se vêm obrigados a pagar mais pelos produtos da Microsoft.
A Microsoft não é a primeira a ajustar os seus preços no Reino Unido. Já no mês passado, com a chegada do iPhone 7, os consumidores britânicos viram o preço ser ajustado em 16%, tendo agora de pagar mais pelo smartphone da Apple.
Desde o referendo de 24 de Junho, que culminou com o voto dos britânicos pela saída do Reino Unido da União Europeia, a moeda britânica já desvalorizou cerca de 18% em relação ao dólar. O processo de saída do Reino Unido da União Europeia deverá ter início em Março de 2017.