Kernel Linux 3.2 está disponível para download
Menos de dois meses passaram da disponibilização do kernel Linux 3.1 e Linus Torvalds anunciou recentemente a versão 3.2. O kernel é considerado o coração de qualquer sistema operativo e é responsável por criar uma camada de abstracção entre entidades de alto nível e o hardware da máquina.
O kernel Linux 3.2 traz algumas novidades interessantes, tendo contado com 11881 contribuições de código. O kernel Linux 3.2 tem actualmente cerca de 15 milhões de linhas de código.
Tal como referido, o kernel Linux 3.2 traz muitas novidades das quais se destacam:
- Suporte melhorado para sistemas de ficheiros EXT4
- Através da técnica denominada de bigalloc, é possível usar blocos com mais de 4KB até 1 MB;
- Suporte para Btrfs
- Várias correcções no sentido de resolver o problema que poderia levar partições a ficarem corrompidas devido a problemas do sistema ou falhas de energia
- Integrado o driver Brcm80211 da Broadcom e driver Ath6kl para placas de rede que usam o chip Atheros AR6003;
- Melhorias a nível do uso da pilha protocolar TCP/IP
- Suporte para a arquitectura de processadores da Qualcomm Hexagon
- Integração do driver Nouveau que tem a capacidade de usar as funções de aceleração gráfica disponível com os firmware autogerados nos núcleos Fermi NVC1, NVC8 e NVCF;
- Controlo a nível de período de execução do processador para os processos
Todas as novidades do kernel 3.2 podem ser consultadas aqui
Como sempre, o Kernel está disponível para download no site kernel.org e também via GitHub.
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Homepage: Kernel.org
Este artigo tem mais de um ano
para instalar bastam estes comandos?
mkdir ~/Scrivania/kernel
cd ~/Scrivania
wget http://kernel.ubuntu.com/~kernel-ppa/mainline/v3.2-precise/linux-headers-3.2.0-030200_3.2.0-030200.201201042035_all.deb
wget http://kernel.ubuntu.com/~kernel-ppa/mainline/v3.2-precise/linux-headers-3.2.0-030200-generic_3.2.0-030200.201201042035_amd64.deb
wget http://kernel.ubuntu.com/~kernel-ppa/mainline/v3.2-precise/linux-image-3.2.0-030200-generic_3.2.0-030200.201201042035_amd64.deb
sudo dpkg -i *.deb
cd ..
rm -r kernel/
obrigado
sudo dpkg -i *
Vai dar ao mesmo já que os ficheiros têm a extensão .deb.
Pessoalmente gostei bastante das novidades. Qualquer dia iremos falar do kernel Android
Boas…
sim é verdade Pedro vai dar ao mesmo,
apenas achei desnecessária a filtragem por ficheiros *.deb, quando na pasta só existem ficheiros .deb.
Mas é a mesma coisa em resumo 😉
cmps
Boas…
Boa Noticia.
aguardo publicações sobre o kernel android, apesar de ainda estar a fazer o #caminho das pedras” nesse SO móvel, gostava de mexer mais na consola do mesmo.
Já agora queria ter uma shell bash no meu android, conhecem alguma shell boa para bash??
cmps
Terminal Emulator; ADB shell (vem com o SDK do android).
Obrigado Francisco,
não consigo “navegar” na estructura do meu android 2.3(galaxy W), porque não tenho permissões…estranho, eu já sabia que isto era um linux “mexido”, mas nunca pensei que restringissem tanto!!
Sabes como me posso tornar root do meu Android?
cmps
“Obrigado Francisco,
não consigo “navegar” na estructura do meu android 2.3(galaxy W), porque não tenho permissões…estranho, eu já sabia que isto era um linux “mexido”, mas nunca pensei que restringissem tanto!!
Sabes como me posso tornar root do meu Android?
cmps”
Isto é capaz de te ajudar a ganhar acesso root ao teu Galaxy W:
http://forum.xda-developers.com/showthread.php?t=803682
http://forum.xda-developers.com/showthread.php?t=1296916
É assim tão simples?! Porreiro então… Estou a usar o caixa magica 17 com o unity, aconselham-me a mudar de kernel? A razão que me leva a tentar fazer-lo prende-se principalmente ao bug da gestão de energia…
eu tenho o gnome 3 instalado… não há problema em actualizar o kernel? como a minha placa grafica é uma ATI tive (os ja habituais) problemas com a interface do gnome3 que me fez perder bastante tempo a tentar resolver.
O problema é que os drivers ati não são compativeis com algumas opções do xorg-server 1.11, tipo a saída de video Xv. Não tem a ver com o kernel, podes actualizar.
Alguns utilizadores estão a ter problemas ao instalar este kernel, ficando o seu sistema num “infinite loop” no arranque, embora pareça que na realidade o sistema nem sequer arranca.
Fonte:
http://www.phoronix.com/scan.php?page=news_item&px=MTAzNzk
No meu caso não tive qualquer problema. No entanto, devem ter este factor em conta se estão a pensar instalar este kernel.
Viva não estou a conseguir instalar a versão 3.2 tenho actualmente a versão 3.1 consegues ajudar?
Obrigado
Qual é a distribuição que usas e que tipo de erro deu?
Estou a tentar num portátil com Ubuntu 11.10 não da qualquer tipo de erro simplesmente devolve o promt e não instala nada
A versão do Ubuntu é a 32 ou 64bits?
Tem atenção que os comandos que o Rui Pereira referiu obtêm os ficheiros necessários para instalar o kernel 3.2 para Ubuntu 64 bits
Boas..
Parabéns pela publicação Pedro 😉
especialmente gosto da possiblidade de escolha de tamanho dos blocos na disco para ext4, para além de aumentarem a velocidade de escrita,diminuem ainda mais a fragmentação.
Gosto do controlo de IO de info buferizada para o disco, esta muito bom mesmo 🙂
e gosto tanto ou mais ainda dos processos poderem “saltar” fora do processador a partir de determinada quota de tempo predefinida para o grupo que pertencem(mesmo não excedido o quantum time), isto aumenta especialmente a velocidade, pois processos pequenos não precisam de tanto tempo para correrem no CPU.
e gosto de tudo o resto…heheh este kernel está a ficar infernal!!
continua o bom trabalho
cmps
Obrigado @lmx
Já me apercebi ao longo de alguns comentários, que dominas os assuntos associados aos sistemas operativos…paginação/segmentação, system calls, swapping, fragmentação interna/externa, schedule, PCB…. 🙂
Entra em contacto comigo para escrevermos uns artigos de sistemas operativos com temas mais aprofundados.
Um abraço e bom fim de semana
PP
Boas…
Obrigado pelo convite Pedro, gostava de facto de fazer alguma coisa relativa ao assunto, não sei o que em concreto,tu já desbravas-te muito caminho ;).
Não domino todos os assuntos de Sistemas Operativos, mas gosto muito da area e tenho um especial interesse por assuntos relacionados com sistemas operativos 😛 , ha uns que domino melhor que outros, é como tudo na vida…
De momento ando meio sem tempo, não me estou a “curtar”(salve seja 🙂 ), fica prometido daqui a um mês-mês e meio…pois daqui a algum tempo estarei mais liberto 😉
Um abraço, bom fim de semana
combinado 🙂 Daqui a um mês-mês e meio…voltamos a falar sobre este assunto.
Abraço
Boas lmx.
Concordo plenamente com o teu comentário ácerca dos blocos de ext4 no disco. Fiz muitos testes nos meus Androids com blocks de tamanhos diferentes, e sem dúvida que blocks e inodes com 4096kb traziam uma melhoria gigante em termos de desempenho. Em relação à fragmentação não posso dar o meu contributo, pois creio (não tenho a certeza) que flash devices não sofrem de fragmentação.
O CFS bandwith é certamente uma adição interessante nos Desktops mas a nível de Android (plataforma com que eu trabalho) não é muito bem vinda. Por exemplo há algumas tasks que forçosamente têm que ser terminadas, e mesmo que demorem mais tempo não podem ser throttled e ficarem à espera da próxima altura disponível para resumirem para o seu estado anterior e terminarem o que estavam a fazer. Vamos imaginar uma task que demora X+1000 tempo a terminar e que está a ser feita enquanto o sistema está em suspend mode (ecrã desligado), mas o algorítmo só permite a realização de X+500 agora, e os outros 500 passado 10 horas. O que vai acontecer é que o telemóvel vai ficar acordado essas 10 horas com uma task pendente que devia ter sido terminada. Isto vai causar um drain de bateria enorme, e isso não é o que se pretende.
Cumps 😉
Boas Francisco,
Em relação á fragmentação em dispositivos flash também não sei se existira?!
no entanto a ideia com que fico é, fazendo um paralelismo com os discos mecano-magneticos.
Se tivermos todo o disco cheio sem fragmentação, e apagarmos um ficheiro desse mesmo disco, esse espaço fica vazio, se apagarmos vários ficheiros, vamos ter muito provavelmente espaços vazios em varias zonas do disco…
escrevendo agora DATA para o disco, vamos ter que ir enchendo os blocos e saltando de umas zonas vazias para outras, isto de certeza que acontece também em discos flash, digo eu não tenho a certeza?!
Uma coisa acho que pode ser garantida, a existir fragmentação, provocará menos impacto que nos discos magnéticos, pois nestes(magnéticos) existe sempre o timeseek que anda a volta dos 12 milissegundos salvo erro, e nos discos flash o endereçamento/acesso de zonas no disco deve ser de longe bem mais rápido…penso que será idêntico ao endereçamento de uma memória RAM, pelo menos é esta a ideia que tenho(mais lento talvez, mas o principio penso que seja o mesmo da ram)…?!
Quando escrevi acima pensei nos desktop’s 🙂 , no entanto não sei como funcionam as coisas em dispositivos móveis…
quando o tm entre em modo sleep o processador continua a trabalhar?!
“Eles” dizem que dará para atribuir grupos a estas aplicações que correrão durante menos tempo, se a tua aplicação não ficar nestes grupos, em principio correrá na totalidade do tempo previsto para cada app, digo eu?!
cmps
Então e o consumo de bateria excessivo? Já resolveram?
Penso que isso não é um problema geral, acho que é especifico, não tenho a certeza. Tens problemas com a duração da bateria? Verifica o ACPI no boot.
Isso só vem na 3.3, a merge-window da 3.2 já tinha fechado quando resolveram o Power Management regression.
Bom artigo Pedro, mas esqueceste-te de nomear algumas coisas na lista das tais principais novidades, das quais eu destaco:
I/O-less dirty throttling, reduce filesystem writeback from page reclaim
e
TCP Proportional Rate Reduction
Esta última vem da Google e trouxe me melhorias a nível de velocidade e consistência da minha internet móvel/wifi no meu Android.
Consegui aproveitar alguns destes patches introduzidos na kernel 3.2 e coloquei-os na do Android, e devo dizer que melhoram substencialmente o desempenho do meu terminal, em particular o patch do I/O que já vinha sendo melhorado deste o kernel 3.1 com a introdução do Dynamic Writeback.
Vamos ver o que o futuro nos reserva, mas com kernels destas só podemos esperar o melhor, pois estão cada vez mais robustas.
Excelente! Não te esqueças de fazer um artigo sobre o kernel Android…essa é a tua “praia” 🙂
É mais que uma praia, é um resort :D:D:D Um XDA Resort!