A tecnologia tem evoluído significativamente nos últimos anos. No entanto, se analisarmos os PC’s, especialmente quando estes arrancam, vamos chegar à conclusão que pouco ou nada mudou até há relativamente pouco tempo. No sentido de ultrapassar a limitações da BIOS e permitir novas funcionalidades, foi criada uma nova interface de firmware à qual foi dada o nome de UEFI.
A adopção desta nova interface gerou vários conflitos entre defensores do Windows e Linux…mas com o tempo, tudo acalmou e hoje a UEFI faz parte do “mundo da computação”. No entanto, parece que o tema vai voltar a aquecer, isto porque há vários utilizadores que se queixam que uma actualização do Windows 8 remove o Grub2 e altera a UEFI para Secure Boot.
De acordo com vários testemunhos na Internet, uma actualização do Windows 8 detecta os sistemas Linux instalados e activa por omissão o secure boot sem qualquer intervenção ou permissão por parte do utilizador. Além disso, a actualização apaga também o GRUB , impossibilitando assim que o utilizador volte a entrar na sua distribuição Linux.
Muitas das queixas podem ser encontradas no site Reddit. Segundo um dos primeiros testemunhos, o utilizador refere que o Windows 8 o informou que havia um problema com sistema e que necessitava de actualizar o sistema. Depois da actualização, reparou que o GRUB2 tinha sido removido e o o modo de booting tinha sido alterado para Secure boot.
Went through a W8 update. After it was done doing that, grub2 had been removed, and UEFI booting had been set to ‘secure boot’ -which it wasn’t prior to the update. Note: it was not the infamous W8->W8.1 update. Also, during the update, W8 mentioned ‘there is a security problem with your computer’ that needed to be ‘fixed.’ At no point could I intervene, true to MS form,”
Apesar de ser um problema caricato, o mesmo tem solução. Para isso basta que o utilizador use uma versão LIVE CD de qualquer Linux e reponha o GRUB2.
O UEFI (EFI (Extensible Firmware Interface) Unificado) é uma interface de firmware padrão para PCs, concebida para substituir o BIOS (basic input/output system). Este padrão foi criado por mais de 140 empresas tecnológicas como parte do consórcio UEFI, incluindo a Microsoft. Foi concebido para melhorar a interoperabilidade do software e contornar as limitações do BIOS. O UEFI oferece algumas características interessantes como a protecção contra bootkits (será que há assim tantos???), rapidez no boot (…se tivermos um disco SSD), etc etc. A verdade é que as queixas do mundo Linux relativamente a todo este mecanismo têm sido muitas.
Resumo das principais características da UEFI são:
- Melhor segurança ao ajudar a proteger o processo de pré-arranque contra ataques de bootkit.
- Velocidade de arranque e retoma de hibernação mais rápida.
- Suporta unidades superior a 2,2 terabytes (TB), o que a BIOS não suportava.
- Suporta controladores (drivers) de firmware de 64 bits modernas.
- Podemos utilizar a BIOS com hardware UEFI.
Para quem nunca experimentou Dual Boot no seu sistema com UEFI, o Pplware tem aqui um super tutorial passo a passo.
Também teve algum problema com actualizações do Windows?