Com o planeta num verdadeiro turbilhão, é natural que cada vez mais os países como a China e os EUA tentem reduzir a dependência que têm entre si. Esta vem de muitas áreas e a própria tecnologia acaba por ser uma fonte de preocupações.
Com o Windows e o macOS a dominarem o mercado dos sistemas operativos, é natural que surjam necessidades bem definidas. É neste contexto que a China procura agora uma maior autonomia e quer encontrar alternativas aos sistemas operativos criados nos EUA.
Há muito que a China quer libertar-se de toda a sua dependência do sistema da Microsoft. Esta tem-se focado mais ao nível das entidades governamentais, procurando criar o seu sistema próprio, o Kylin, baseado no Linux e num conjunto de apps open-source.
Agora que cada vez mais os próprios utilizadores na China estão a abraçar estes sistemas, é hora de surgir mais uma alternativa. A China quer reduzir ou eliminar a dependência dos EUA e por isso criou uma iniciativa global, que vai dar origem ao openKylin.
Esta iniciativa vai permitir que os programadores publiquem e partilhem códigos de computador relacionados ao sistema operativo Kylin. As primeiras versões do Kylin incluem código no software semelhante ao Unix FreeBSD, enquanto as versões posteriores foram baseadas no Linux.
Para gerir este código e as novas contribuições, a China gere a sua própria plataforma de código aberto Gitee. Este pretende combater o GitHub, site global associado à partilha de código bem conhecida da Microsoft.
A chegada do Kylin terá de combater uma posição forte dos restantes sistemas. O Windows domina de forma clara na China, com uma quota de mercado de 85%. Já o macOS representa uma franja de 15%. Por fim, temos o Linux, que na China tem uma participação mínima e quase residual, como também acontece nos EUA.
A Kylinsoft atualmente oferece três versões do Kylin: V10, V4 e NeoKylin V7.0. O V10 foi criado para ser compatível com uma gama de CPUs mais ampla, incluindo as da Huawei Technologies Co’s HiSilicon, Loongson, Sunway, Hygon e FeiTeng.