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Xbox Game Pass, do passado para o futuro

Creio que ninguém duvidará que o final deste ano, tal como temos vindo a referir (aqui ou aqui, por exemplo), vai ser bastante interessante de acompanhar no que respeita ao Gaming e tendências dos consumidores.

Com o lançamento da sua nova consola mais adiante, a Microsoft tem vindo a fazer o seu trajeto calmamente e encontra-se preparada para o momento. No meio disto tudo, um serviço tem vindo a ganhar preponderância: Xbox Game Pass.


Apesar da situação de confusão e caos que a pandemia do Covid gerou em todo o Mundo, esta segunda metade de 2020 promete ser uma das mais atribuladas na área dos videojogos: lançamento de novas consolas, lançamentos de novos serviços,… e isso para não falar dos novos jogos a caminho.

Mais para o final do ano a Microsoft vai ver a sua Series X ser lançada no mercado e com esse lançamento, o culminar de toda uma estratégia de mercado bastante bem montada e estruturada, ao longo dos últimos meses/anos.

Efetivamente, ao longo dos últimos tempos, a gigante americana esteve atarefada. Sim, a Microsoft esteve bastante atarefada a preparar as coisas de forma a montar o ecossistema perfeito para a chegada da sua nova consola (e não só).

A Series X vai ser, creio ser opinião generalizada, um tremendo pedaço de tecnologia cujo propósito principal encontra-se bem definido: proporcionar aos jogadores a melhor experiência de jogo!

Para tal, a Microsoft construiu todo um sistema de processos e serviços que permitem aos jogadores fazê-lo o melhor possível: jogar quando quiserem, com quem quiserem e em que dispositivo pretenderem.

É, portanto, neste contexto que entra em cena o serviço Xbox Game Pass (que já se encontra entre nós desde 2017).

O serviço Xbox Game Pass é na sua essência, um serviço que disponibiliza a quem o adquirir, acesso a uma grande (e crescente) lista de videojogos (Xbox 360, Xbox One e Xbox One Series X) que poderá descarregar sem custos adicionais para os jogar a seu bel-prazer.

E esta é a característica mais visível e imediatamente reconhecível do serviço: jogos gratuitos de qualidade.

Embora em quantidade o serviço da Xbox fique aquém do seu gémeo do principal concorrente, em qualidade as coisas são bem diferentes e a aposta é claramente na qualidade em detrimento da quantidade.

A propósito disto mesmo, relembro uma notícia recente onde anunciámos a chegada de um dos melhores jogos (e que se mantém ainda bastante atual) de sempre ao serviço: Red Dead Redemtpion 2.

Red Dead Redemption 2 foi lançado, conforme se devem recordar, para a Xbox One e fará em breve parte do catálogo do Xbox Game Pass, à semelhança de muitos outros jogos dum passado recente. E isso leva-nos a outra vantagem do serviço: a retrocompatibilidade.

Ao preparar o serviço Xbox Game Pass para disponibilizar, tanto os jogos atuais, como os que se avizinham mas também os que fizeram as delícias no passado e preparando para jogos futuros, a Microsoft tece uma afirmação forte de que o seu serviço terá uma extraordinária oferta de jogos, sendo automaticamente retrocompativel.

Mas mais. Com a abrangência deste serviço podem-se encontrar alguns dos grandes jogos intemporais tanto na Xbox 360, Xbox One, Series X e PC. Ou seja, os melhores jogos (desde que não sejam retirados do serviço) estarão sempre disponíveis para jogar.

Tanto o presente, como o passado e como o futuro, terão lugar no serviço Xbox Game Pass.

Adicionalmente o serviço apresenta ainda descontos nas aquisições de jogos, compras de DLCs ou outros conteúdos (desde que façam parte do catálogo, claro).

No entanto, existe um pormenor importante que convém reter. O serviço Xbox Game Pass só por si, não inclui a disponibilização de serviços gaming online, pelo que para se jogar em multiplayer online, é necessário subscrever outro serviço: Xbox Live Gold.

No entanto, a Microsoft apercebeu-se disso e de forma a ultrapassar essa questão, lançou uma versão extended do seu Xbox Game Pass: o Ultimate.

Dito isto, o Xbox Game Pass Ultimate incluí na sua subscrição o serviço Xbox Live Gold (e multiplataforma), o que quer dizer que com uma subscrição única, o jogador fica servido com três serviços distintos:

E com isto começa a surgir a noção de outra vantagem do serviço: cross-platform.

O serviço Xbox Game Pass “normal” pode ser adquirido para PC ou para consola, mas, o Ultimate será uma extensão dos dois e permitirá o uso do serviço tanto para consola como para PC, ou seja, trata-se de um serviço multiplataforma dentro do ecossistema Microsoft.

E importante. Este serviço permitirá que o jogador possa jogar os seus títulos preferidos em qualquer uma das plataformas e ir gravando os seus avanços.

Por outro lado, temos vindo a notar que a Microsoft tem adquirido um bastante razoável número de estúdios de desenvolvimento de videojogos. Isso é a prova mais que concreta de que a companhia pretende continuar (e melhorar) a sua oferta de jogos e conteúdos próprios.

Esta será certamente outra das mais-valias do serviço: acesso a exclusivos.

Sim, pois tendo o seu serviço nativo Xbox Game Pass como montra principal a Microsoft poderá alavancar os seus jogos exclusivos de uma forma mais forte, intensa e direcionada.

E, não nos podemos esquecer também que tanto agora como no futuro, a questão dos conteúdos (sejam ou não exclusivos) pode vir a ser extremamente determinante no momento da aquisição de uma nova consola.

Tendo em conta outro serviço que a Microsoft idealizou, o xCloud, então a “big picture” tornar-se-á bastante mais completo.

xCloud é um sistema de jogar em streaming e que permitirá aos jogadores acederem aos seus jogos através de variados dispositivos mobile (sem terem portanto de esperar pela trasferência dos mesmos).

Efetivamente, ao analisarmos atentamente a direção que a Microsoft se encontra a adotar apresenta-nos uma visão direcionada para a disponibilização de serviços, sendo estes assentes num dos pontos fortes da companhia: a Cloud.

Como já tivemos ocasião de referir no passado, a Microsoft, neste capitulo de sistemas de cloud e infraestruturas de apoio, tem uma experiência e um poderio ímpar. Portanto, faz todo o sentido que assim seja.

Aliás, não é de estranhar o interesse na Cloud de tantos outros players do mercado. Aqui residirá talvez o futuro dos videojogos ou pelo menos é nisso que os grandes produtores de conteúdos pensa e quem estiver melhor preparado, terá claramente vantagens.

Apesar de ainda em fase experimental em alguns países, o serviço xCloud já conta “centenas de milhares de utilizadores“, segundo Frank Shaw, responsável da Xbox.

É, portanto, neste contexto tão intrincado e tão complexo que o serviço Xbox Game Pass (Ultimate) da Microsoft adquire grande importância.

O serviço Xbox Game Pass passa assim a ser, mais que um serviço de disponibilização de jogos, mas um passo importante para o futuro que a companhia idealiza para a sua vertente gaming.

O Xbox Game Pass encontra-se numa posição central naquela que será a ideologia da Microsoft para a sua área de Gaming.

Há, no entanto, também alguns pontos menos fortes ou mais dúbios em torno deste serviço.

O primeiro dos quais e mais delicado é o fato da Microsoft poder retirar de forma unilateral, os jogos do seu catálogo. É algo que apesar de estar previsto (seja por questões contratuais com as distribuidoras ou qualquer outro motivo) pode ser potencialmente polémico, correndo o risco de se vir a tornar numa espécie de isco para levar os jogadores a ganharem gosto por certos jogos e depois, terem de os comprar quando saírem do serviço.

Por outro lado, convém não esquecer que um serviço deste tipo pressupõe claramente o acesso a uma ligação constante à internet assim como convém ser uma ligação de banda larga.

Essas ligações têm custos, claro! Esta é uma questão que, não sendo cativa da Microsoft, acaba por controversa. Por um lado paga-se por banda larga e por outro paga-se pelas plataformas (consolas, pcs, acessórios,…) e, por outro lado, paga-se pelo acesso a estes serviços.

O serviço Xbox Game Pass atualmente custa:

Quando a nova consola chegar, mais lá para o final do ano, creio também que será possível esperar que com a consola, possam vir subscrições gratuitas de tempo limitado deste serviço.

Por fim, uma estatística interessante disponibilizada pela Microsoft acerca do serviço. Segundo a gigante americana, os membros do Game Pass jogam 40% mais jogos após o início da subscrição, e que mais de 90% dos membros jogou um jogo que, segundo os próprios, não teriam experimentado sem a subscrição.

Segundo o responsável de Marketing da Xbox, Ben Decker “O nosso objetivo é tornar o Xbox Game Pass a casa para os melhores jogos e o melhor valor no Gaming. Um dos melhores aspetos do serviço é que te dá acesso a uma biblioteca de jogos vasta e de alta qualidade, que é partilhada com outros membros. Com o Xbox Game Pass, tu e os teus amigos podem saltar de jogo em jogo e descobrir novos jogos em conjunto; Ninguém tem que se sentir de fora, só porque não possuem um título”.

Decker acrescenta ainda que “Existe uma real necessidade humana para jogares e te ligares de forma social, e o Gaming nunca desempenhou um papel tão importante, no sentido de aproximar as pessoas, como agora. Temos ouvido histórias de pessoas que estão gratas pela forma como os jogos as têm ajudado a relaxar após dias longos de trabalho. Temos visto pessoas de todas as idades, a descobrir que os jogos são uma excelente forma de se conectarem aos seus amigos. Muitos dos pais têm percebido que os jogos são uma forma de os seus filhos socializarem a partir de casa e têm começado a jogar em conjunto, como famílias

Estas palavras de Ben Decker vêm apenas reforçar todo o esforço e investimento da Microsoft no serviço Xbox Game Pass que já conta com mais de 10 milhões de utilizadores em todo o Mundo.

Gostaria de deixar-vos o link para a lista de jogos disponível no pelo serviço Xbox Game pass.

Lista de Jogos Game Pass

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