Há mais novidades na novela da compra da Activision Blizzard, pois a entidade reguladora do Reino Unido diz agora que a aquisição da criadora de jogos pela Microsoft pode ser prejudicial para os jogadores.
Longa vai a história da compra da Activision Blizzard… e parece não haver um fim à vista para breve. A aquisição está a ser investigada por várias entidades, nos EUA, Reino Unido e Europa, havendo vários entraves à conclusão da mesma. O problema principal está relacionado com o facto de empresas como a Sony recearem que jogos como o popular Call of Duty, se tornem apenas um exclusivo para as consolas Xbox da Microsoft, deixando assim as plataformas Playstation.
Reino Unido diz que a compra da Activision pode prejudicar so os jogadores
De acordo com as últimas informações, a Autoridade da Concorrência e Mercados do Reino Unido (CMA) disse que a aquisição da Activision Blizzard pela Microsoft “pode prejudicar” os jogadores. Segundo a entidade reguladora britânica, a fusão entre as duas empresas poderá resultar numa “diminuição substancial da concorrência em consolas de jogos” e “poderá prejudicar os jogadores do Reino Unido“.
Desta forma, numa conclusão provisória, a CMA disse que a criadora de jogos necessita de ser dividida em negócios separados para que a aquisição seja concluida. Isto é, dividir os segmentos Activision e Blizzard ou o setor que detém Call of Duty, como forma de salvaguardar a disponibilidade deste e de outros títulos noutras plataformas.
O governo britânico disse ter levado a cabo uma investigação ao longo dos últimos cinco meses para analisar o potencial deste negócio. E ao conferir que a Microsoft já conta entre 60% a 70% dos serviços globais de jogos na cloud, a compra vai reforçar essa mesma posição e, por conseguinte, irá reduzir a concorrência sentida pela gigante de Redmond.
Portanto, dadas estas circunstâncias, a compra poderá “prejudicar potencialmente os jogadores do Reino Unido, especialmente aqueles que não podem pagar ou não querem comprar uma consola de jogos cara ou um PC para jogos“.
A Microsoft já reagiu e reforça que está “comprometida em oferecer soluções eficazes e facilmente executáveis que vão ao encontro das preocupações do CMA“, de acordo com as palavras de Rima Alaily, vice-presidente corporativo e conselheiro geral da empresa. O executivo adiantou que “o nosso compromisso de conceder acesso 100% igualitário a longo prazo de Call of Duty para a Sony, Nintendo, Steam e outros, preserva os benefícios do acordo para jogadores e programadores e aumenta a concorrência no mercado“.