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Como é que a toxicidade da internet afeta o mundo gamer?

                                    
                                

Este artigo tem mais de um ano


Autor: Maria Inês Coelho


  1. Nuno says:

    Obviamente o mundo gaming é muito grande e um exemplo apenas não reflecte a realidade desse mesmo mundo. Mas posso dizer com certeza que nunca nos meus 30 anos de gamer vi um jogo com uma comunidade tão tóxica como o Rocket League. É para lá de inacreditável, e é algo que se tornou completamente banal e parte do jogo. Acontece em praticamente cada partida que jogo. Há um ano tentei fazer uma estatística, e em 7 em cada 10 partidas que jogava, havia toxicidade extrema. Já me desejaram o clássico “morre de cancro”, como um dos mais extremos que foi desejaram que o meu filho fosse violado a caminho da escola… E podia dar mais de meia centena de outros exemplos. O jogo tem uma ferramenta para reportar os jogadores, mas nada acontece. Basta perder uns minutos no reddit para perceber bem isso. Os chineses (donos do jogo, a infame Tencent ) estão-se pouco a ralar com isso, e não vão expulsar ou bloquear jogadores num jogo gratuito onde a receita vem de compras feitas por esses utilizadores.

    • Elektro says:

      A primeira coisa a se fazer quando se entra em um jogo multiplayer é desativar (se possível) a comunicação com os restantes jogadores. A unica comunicação necessária durante esses jogos é entre amigos no Discord ou música no Youtube.

      Lembro-me de ser expulso de partidas multiplayer por ter um nível muito baixo (0-10), ou de levar flame mesmo não tendo mais de um dia de jogo.

      Jogos como CS: GO, Dota 2, League of Legends, etc… a comunidade quer que tu jogues de acordo com os guides de eficiência que eles viram, então se entrares com uma personagem ou uma arma que não esteja de acordo com esses guides levas com o chat a dar-te flame.

      O que é mais frustrante é os jogadores confundirem match Casual com Competitivo, em vez de se divertirem no Casual e jogarem de forma mais descontraída, levam o Casual como se fosse um Competitivo 2 em que não perdem rank, portanto o Casual mantém toda a brutidade, desrespeito e pressão de um competitivo regular

    • old says:

      Deves ser novo no RL ou até no mundo dos jogos online, apesar dos teus 30 anos de jogador. Jogo RL desde que saiu e há de tudo… dizer que 7/10 jogo tinha toxicidade extrema? Não enganes as pessoas que por aqui venham a ler o teu comentário, isso não é a realidade. Se é uma comunidade com pessoal tóxico? Sem dúvida, mas não com esses números. LOL é muito pior, Rust é muito mau, CS também já vi a ser muito mau, e podia continuar… tudo o que for competitivo vai ter o seu grau de toxicidade. Mas não é preciso falar de jogos, ir ao FB é suficiente para ver um destilar de ódio constante das pessoas, aliás, até por aqui já vi comentários que eram muito tristes…

      • Mónico Sulleymano says:

        concordo em absoluto! de referir, que para mim, o Rocket League até foi dos competitivos em que mais me ri com o pessoal que jogava comigo, maioritariamente sem premade

    • Mónico Sulleymano says:

      Se achas que a comunidade de Rocket League é tóxica, é porque nunca foste mais a fundo na comunidade do League of Legends. A de COD, era horrível, mas está a melhorar gradualmente. A de CS era terrível, agora não faço ideia de como está porque estou um pouco farto do jogo. Mas até hoje, penso que a que apanhei que era a pior, foi claramente a de League of Legends.

  2. SANDOKAN 1513 says:

    Excelente artigo,Maria Inês Coelho.

  3. Samuel MGor says:

    Pelo menos no Albion Online essa toxicidade é quase nula. Se insultas alguém levas um BAN de todo o tamanho ou o tipo que insultas-te faz-te uma espera nos mapas T6+ e faz-te PK roubando tudo de bom que tiveres no inventário 😛

  4. Paulo Santos says:

    Excelente artigo. Muito pertinente.

  5. António says:

    GG NOOB GET REKT 420 noscope xxx
    Eheheh

  6. Dinis says:

    Quando era puto ensinaram-me que paus e pedras podem partir os meus ossos mas as palavras não…. Toxicidade acho que só depende do receptor… Dizerem-me para eu morrer de cancro ou para o meu filho morrer a caminho da escola não me aquece nem me arrefece… Mas eu também fui puto de rua, quem não tinha casca grossa ia para casa chorar para a mamã…

    • Duarte says:

      Concordo a 100%, acho que hoje há um problema de educação que começa logo em casa. A questão é que facilmente se sentem ofendidos e levam a peito tudo. Mas como hoje em dia o que conta na vida são as redes sociais no qual estas comunidades também se inserem qualquer coisa serve de pretexto para criar tempestades. Os bad boys do teclado sao tramados , o problema é que saber viver no mundo real é outro “nível”

      • Mr. Y says:

        Não é questão de se levar a peito, é uma questão de educação (ou falta dela) e respeito. Sabemos que a maioria serão trolls que só querem criar confusão.
        Ainda assim é preciso estar atento a isso senão poderão ‘matar’ a indústria. Acho difícil isso acontecer porque a indústria do futebol também move milhões e quem participa dela não são santinhos.

  7. Técnico Meo says:

    ” Toxicidade” , ” racismo sistêmico” ” cultura de cancelamento”. Mas onde é que eu já ouvi isso.
    Tão simples como colocar sistema de mute, tão antigo e funcional que até shooters online tão antigos como o Enemy Territory onde perdia horas inteiras a jogar tinha. E os jovens têm que ser mais resilientes. Hoje todos sofrem de depressões e dezenas de fobias múltiplas e ansiedades. A resiliência começa em casa , com educação dos papás mileniuns… E com esta me acuso também Hahaha

  8. Antonio says:

    Quem num jogo não diz “cabr…” q mande a primeira pedra LOLOLOL
    Acontece-me várias vezes, mas em tom de brincadeira, mas infelizmente, hoje em dia ao mínimo comentário é logo chamado bulling, eu chamo “con…inhas report”, a futura geração de advogados, juízes, policias, médicos, enfermeiros, arquitetos e afins…vai ser mto “picuinhas”.
    Isto é a minha opinião pessoal.

    • Antonio says:

      Eu quando tinha os meus 13 ou 14 anos, já não me lembro porque agora com 40 a memória já não é a mesma, mas lembro-me de me chamarem caixa de óculos, gordo e diabos a sete, eu deixava-me ficar ? nop, ia à “luta”, não deixava ninguém me “pisar”, agora com esta malta de hoje em dia, nada disso, não conseguem “lutar” por eles, não conseguem ser fortes, isto vai ser uma carga de trabalhos daqui a uns anos.

      • FAR says:

        Agora tente imaginar um mundo onde ninguém tem de passar pelo que o Sr teve de passar. Será assim tão mau? Serão os adultos do futuro “menos” do que o Sr por não serem humilhados enquanto crianças?

        • Técnico Meo says:

          A adversidade cria diversidade.

          • FAR says:

            Que bonito, até rima e tudo, mas é mesmo esse o tipo de diversidade que é desejável promover?

            Ou então pergunto, se calhar de forma mais certeira, o que é que quer dizer com isso, ao certo?

        • Antonio says:

          quem diz “humilhados” diz “contrariados”, hoje em dia não sabem ouvir um NÃO, e sim, é mau, é mau porque ao longo da vida vão ouvir muitos NÃOS e vão ser muito contrariados, o que vão fazer? vão saber defender-se ? não me parece, diziam q a minha geração era a geração rasca ? pelo que vejo dos jovens de hoje em dia, é tudo uma questão de aparências e acima de tudo de “superioridade fútil”, à minima contrariedada, dizem q é bulling, racismo e afins.

          • Antonio says:

            sem falar q hoje em dia todos querem ter direitos…e esquecem-se dos deveres.

          • FAR says:

            Desculpe, mas chamar alguém de “caixa de óculos” e “gordo”, ou seja, gozar com a sua aparência física é humilhar. A única coisa aqui que foi contrariada foi a auto-estima e integridade psicológica de uma criança.

            Isto não é ser woke, “piegas” ou de rotular toda uma geração como “fraca”. Não sei se tem alguma noção, mas a geração antes da sua também dizia exatamente o mesmo acerca da sua geração (coca-cola, não era?).

            Ser adulto e rotular os mais jovens de fracos parece ser um erro de que humanidade adora vangloriar-se. Quando no fundo se trata de adaptação pura e dura. Os tempos (e o mundo muda) e a juventude de hoje, ao contrário de muito crescido que por ai anda, acompanha sempre.

        • Técnico Meo says:

          A nossa geração era a chamada ” rasca”. Também nos apontavam problemas comportamentais na altura. Hoje somos a geração que vive ” á rasca”, e muitos de nós somos os vossos país. A vida passa muito depressa rapaziada, daí que a gente quer que vocês sejam mais fortes

          • FAR says:

            Por favor, não confunda o meu discurso com a minha idade. Sou apenas um “millennial” com noção. O tom condescendente não se aplica aqui.

            Fico feliz de saber que tem o mínimo de sensibilidade para perceber que o que os papás de hoje apregoam sobre a “juventude perdida da atualidade” é exatamente o mesmo que os seus respetivos papás.

            Agora dê o próximo passo que é sensibilizar-se para o facto de que experiências que têm impactos psicológicos negativos são tão reais e pelo menos tão importantes como uma má alimentação é para um corpo.

            Deixe o preconceito de lado e evolua. Liberte-se da ideia de que os outros têm de passar mal porque você também passou.

          • Técnico Meo says:

            Ok, sim sem dúvida, mas deixe que me explique. Um assistente social vê nas crianças problemas sociais; um psicólogo vai ver problemas psicológicos; um médico vai encontrar um vírus qualquer nas crianças. Todos nós somos “biased” de alguma forma. Agora a sobreprotecção que se faz não ajuda, andar com eles numa redoma de plástico não ajuda; correr com ele ao primeiro choro ao psicólogo não ajuda; O trauma pode ser evitável? depende do dano: Penso que há danos os quais devem ser expostos, e cedo: á desilusão, aos esfolar de um joelho, ao roubo de um brinquedo preferido na escola, ao castigo para o quarto, á perda amorosa, á perda de um argumento mesmo que tenha razão, á traição de um amigo, e por ai fora. Vai doer. Vai ser exposto ao sentimento de impotência. E dai vai criar dialética para evoluir. Começamos a vida com dor e acabamos da mesma forma, não se iluda. O bom está nos pequenos momentos pelo meio, dos quais, a dor é muita vez purga e sentimento. Não consigo perceber putos com 14 anos já encharcados em ritalin porque é hiperactivo. Ou em consultas desde os 14 até sabe deus quando porque tem fobias sociais. Isso não é caminho e você sabe isso. É preciso enfrentar a vida, e desde novos. Se um pai / mãe / outro género kk / deve espancar uma criança até á inconsciência, matar a mãe á frente dela, ser alcoólico ou drogado e expor isso todos os dias á família; não! AQUI é preciso atuar, e para ontem; os verdadeiros traumas e sim a verdadeira toxicidade. Palavrões num jogo? ou palavras “istas” ? Educação, educação, e mais educação.

          • FAR says:

            Antes de mais, obrigado pela resposta civica e argumentaçao clara. É algo raro de ver na internet, nos dias que correm 🙂

            Sinto que estamos praticamente alinhados, na perspetiva com que encaramos esta situação. Parece-me que se calhar a origem da divergência prende-se com a minha resposta estar no contexto das respostas do @Antonio, que estavam claramente a normalizar situações de humilhaçao e abuso e que, claramente, o Sr também condena.

            Concordo consigo quando refere que existem jovens que, são super-protegidos, e que isso é mau, exatamente pelas razoes que apontou. Mas creio que esta situacao nao será novidade dos dias de hoje e, pelo menos por aquilo que eu vejo, nem será sequer a maioria.

            Relativamente aos casos do diagnósticos de problemas (e consequente medicaçao), penso estar relacionado com os telemóveis, entre outras “novidades”. Não sou nenhum especialista na matéria, mas consigo observar que o ritmo a que “passamos de uma coisa para outra” tem aumentado e isto inclui coisas tao simples como mudar de canal, ou de comprar uma camisola nova. Acredito que parte deste novo “frenesim”, esta imediatez na gratificação acaba por passar também para os mais novos, especialmente se estes estiverem expostos a certos conteúdos através dos telemóveis e super-especialmente se ainda por cima tiverem pouca atençao dos papas porque estes estao muito ocupados com a sua vida para investir tempo na sua criança.

            E que portanto, penso, estas questoes de saude não estarão assim tao ligadas a uma super-proteçao por parte dos pais – se calhar até será um pouco ao contrário.

            É a minha opinião, não sou nem psicólogo, nem neurologista.

          • Técnico Meo says:

            Fortíssimo abraço, boas festas.

        • Paulo says:

          É um mundo desejável, mas não passa de um pipe dream!

  9. Consequências says:

    Não há nada que se faz que não tenham consequências…

    “Vigie seus pensamentos, eles tornam-se palavras.
    Vigie suas palavras, elas tornam-se ações.
    Vigie suas ações, elas tornam-se hábitos.
    Vigie seus hábitos, eles formam seu caráter.
    Vigie seu caráter, ele se torna seu destino.”

  10. Lord Tedric says:

    Sendo Gamer a ja 30 anos, e jogado varios jogos so tenho a dizer :
    if u can´t stand the heat, get out of the kithen.
    Foi o que fiz nalguns jogos por não gostar da comunidade k jogava, tão simples quanto isto.
    Ofensas a cor,credo,politica e tudo o mais que se imagine , claro k ha sem filtros.
    Quem não se sentir avontade não jogue, procure um jogo mais soft que esteja de acordo com o seu bem estar, não queiram mudar uma comunidade toda para um paz e amor

    • Paulo says:

      Caros Gamers.
      Acreditam, se lhes dizer que já jogo há 40 anos?
      Pois é, comecei com o Zx spectrum e ainda cá estou.
      Não sou a favor do bulying mas também não acho que se deva banir por tudo e qualquer coisa.
      Está provado que as crianças que andam sujas e brincam na rua, são mais saudáveis que a maioria das restantes.
      Da mesma forma, acho que quem joga, pode suportar perfeitamente uns piropos. No meu ponto de vista até será estimulante para fazer melhor.
      As palavras em si não tem efeito algum se olharmos para elas como fossem piadas e digamos, na maioria dos casos, são isso mesmo, algo para desestabilizar quem está por cima.
      O que condeno veementemente é quem usa cheats, acham graça nisso e até julgam que são melhores que os outros. Os cheats alteram completamente a dinâmica do jogo, conseguem estragar por completo um momento de diversão. Isso é extremamente irritante e poderá causar sentimentos negativos a quem sofre estes abusos, podendo transpô-los para o mundo real, caso conheça o prevaricador.
      Gostei do comentário do Técnico Meo e, vá lá, deixem-se de pieguices, as palavras não tem efeito quando não causam danos junto de terceiros.

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