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A Sony vai estimular o mercado de TVs com a consola PlayStation 5

A consola PlayStation 5 já é tema de amplas conversas e entrevistas. Ao propósito, evocamos as declarações de Jim Ryan, CEO do departamento Sony PlayStation, altura em que confirmou duas caraterísticas cruciais da PS5. O suporte para jogos em resolução 4K (Ultra-HD), bem como a taxa de atualização de 120 Hz.

São dois números que podem definir não só a PS5, mas também a indústria e mercado de TVs.


Com o intuito de colocar a PS5 na mente coletiva, a Sony tem revelado cada vez mais detalhes em torno da sua consola de jogos de próxima geração. Entre estes, destacamos a taxa de atualização da imagem a 120 Hz, um padrão que não está presente na maioria das televisões atuais que encontramos no mercado.

A “grande dor de cabeça” para os fabricantes de TVs

Ao propósito, a Forbes, tocou nesse mesmo busílis. Deixando antever uma séria dor de cabeça para a grande maioria das fabricantes de TVs, bem como para a própria Sony. Note-se que a empresa responsável pela PlayStation 5 também é uma das grandes figuras do mercado dos televisores.

A constatação da publicação supracitada é simples – a grande maioria das televisões Ultra-HD (4K) não suporta taxas de atualização a 120 HZ. Por conseguinte, os utilizadores da PS5 podem não tirar o máximo proveito da consola de jogos pelo simples facto de o seu televisor não ser capaz de tal.

Mais concretamente, tal como precisa esta publicação, o ponto crucial é a taxa de atualização da imagem, aqui conjugada com a resolução máxima suportada. De acordo com Jim Ryan, poderemos vir a usufruir de uma resolução a 4K Ultra-HD, algo que por si só ainda não é muito comum nas nossas TVs.

Ao mesmo tempo, a taxa de atualização, sobretudo nas TVs 4K em circulação, não está nem perto dos 120 Hz. Em boa verdade, vemos esta taxa nos monitores Full-HD (1080p) dedicados ao jogos e, como tal, voltados para um nicho de mercado. Não para o vulgo consumidor à procura de uma nova TV.

O que significa a taxa de atualização a 120 Hz?

Em cada segundo, no ecrã, a informação (imagem) é atualizada 120 vezes. Assim se pode explicar sucintamente a frequência (Hertz / Hz), de uma televisão, monitor ou outro suporte físico que apresente uma imagem. Aplicável tanto ao smartphone, tablet, projetor, ecrã, monitor, entre outros.

Ao propósito podemos ver uma explicação ilustrada em vídeo, em seguida:

Longe de ser algo subjetivo, quanto maior for esta taxa, mais dinâmica ou fluída parecerá a imagem em movimento. Para os nossos olhos, uma frequência alta de atualização tornará a imagem mais agradável, mais suave e sem interrupções na animação. Algo particularmente procurado no mundo dos jogos.

As diferenças são particularmente notórias quando a imagem é desacelerada. Aí, vemos claramente as diferenças entre os padrões 60, 120, 144 e 240 Hz. Por via da regra, quanto mais alta for esta taxa mais gratificante e natural é a nossa perceção da ação que se desenrola perante os nossos olhos.

A PS5 da Sony pode estimular todo o mercado de TVs

Sendo claramente a consola mais popular (PS4), torna-se assim plausível a influência da Sony PlayStation 5 neste mercado. Na eventualidade deste equipamento se tornar pelo menos tão popular quanto a sua antecessora, surgirá uma nova necessidade no mercado.

É algo que pode ser duplamente proveitoso para a Sony. Isto no caso de o seu departamento de TVs começar já a desenvolver soluções apropriadas para a sua PS5. É, ao mesmo tempo, um novo desafio para todas as fabricantes, mas também uma nova oportunidade.

O mercado de TVs não está preparado para a Sony PlayStation 5

Há, no entanto, outro problema que se levanta. Atualmente o padrão mais comum nas entradas HDMI é o 2.0, estando este limitado à resolução 4k (Ultra-HD) a 60 Hz. Contudo, já existe o padrão HDMI 2.1, apresentado em 2017, suportando já uma taxa de atualização superior a 120 Hz.

Ainda assim, em pleno 2019 o número de televisões que já utilizam portas HDMI 2.1 é irrisório. Aliás, de acordo com os dados da Forbes, a primeira televisão com resolução 4K e esta entrada foi apresentada no início de 2019 pela LG. Em síntese, esta família de produtos é, até ao momento, a única com HDMI 2.1.

Cria-se assim uma necessidade de novos televisores, novos equipamentos para tirar total proveito da PlayStation 5. A próxima consola da Sony chegará em 2020, de acordo com os rumores e, até lá, o mercado ainda tem algum tempo para se ajustar.

Ainda há tempo para o mercado se ajustar a esta consola

Existe ainda uma segunda via, fora do alcance da maioria dos consumidores. Temos algumas televisões com resolução 8K, por exemplo, da Samsung, a utilizar portas HDMI 2.1. No entanto, o seu preço é proibitivo para a grande maioria dos consumidores. Para já, são um nicho muito restrito.

Numa última nota, caso para o consumidor existem atualmente duas soluções. A primeira será manter-se com a sua televisão atual que provavelmente utiliza o padrão HDMI 2.0, ainda que desse modo não tire todo o proveito das capacidades da PS5. Alternativamente, terá que investir numa nova TV.

Seja como for, mesmo que a consola suporte uma resolução máxima de 4K e os prometidos 120 Hz, resta agora saber se, ou quais, jogos tirarão proveito desta nova realidade.

 

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