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União Europeia planeia lançar uma carteira digital para facilitar a vida pós-Covid

A União Europeia vai lançar uma carteira digital para responder à vida pós-Covid. A aplicação permitirá que os cidadãos dos 27 estados-membros acedam, de forma segura, a serviços privados e públicos com um ID único.

A carteira reunirá uma panóplia de funcionalidades, desde armazenamento de passwords e documentos pessoais, até ao aluguer remoto de um carro.


Carteira digital chegará aos 27 estados-membros

A União Europeia está a preparar-se para, amanhã, revelar detalhadamente os planos para uma carteira digital, na sequência de pedidos feitos pelos estados-membros. Aqueles surgiram no sentido de encontrar uma forma segura para os cidadãos acederem aos seus serviços públicos e privados online.

A carteira digital armazenará, de acordo com o que se sabe até agora, elementos de pagamento e passwords. Assim, os cidadãos dos 27 estados-membros da União Europeia poderão executar várias ações, desde aceder aos sites do governo local, até ao pagamento de contas. Tudo isto, através de uma identidade reconhecida e única.

Embora alguns países já contem com um sistema semelhante, esta opção da União Europeia torná-lo-á homogéneo, sendo que os países terão acesso a uma carteira digital igual.

Thierry Breton, comissário da União Europeia encarregado da política digital.

União Europeia não dará acesso à aplicação para fins comerciais

Os oficiais da União Europeia consideram que a alfabetização digital, forçada pela pandemia, será crucial para uma maior facilidade em aceder a ferramentas como esta nova carteira digital. Assim, se aderirem no serviço, as pessoas poderão ter acesso a serviços públicos e privados de forma muito mais simplificada.

A aplicação europeia poderá ser acedida através da digitalização de impressões digitais ou do reconhecimento da retina, entre outros métodos, e servirá também como cofre. Ali, os cidadãos poderão armazenar documentos oficiais, como a carta de condução.

Embora a carteira digital não seja de utilização obrigatória, os cidadãos que optarem por aderir, segundo o Financial Times, beneficiarão de um ecossistema digital extra seguro e de uma maior flexibilidade.

As pessoas também terão o poder de decidir quanta informação dão, enquanto que o Google e outros não o deixam decidir o que está a fornecer.

Disse uma pessoa com conhecimento nos planos a serem anunciados.

Afinal, de forma a proteger os cidadãos e de preservar a sua privacidade, a União Europeia forçará uma separação estrutural. Ou seja, as empresas não poderão ter acesso aos dados dos utilizadores, eliminando a sua utilização para fins comerciais.

A União Europeia está em conversações com os estados-membros, de modo a alinhar todas as orientações sobre as normas da carteira digital. A expetativa é que esteja disponível dentro de um ano.

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