Que estrutura deve ter um relatório forense?
A Computação Forense pode ser descrita como a ciência responsável pela recolha, preservação e análise de vestígios digitais, presentes nos mais diversos dispositivos de processamento, armazenamento e comunicação. Saiba que tipo de informação deve conter um relatório forense.
Um relatório forense deve ser claro, objetivo, e bem estruturado, contendo todas as informações relevantes para documentar uma análise forense. Na prática, este documento é um relato, fundamentado, das várias ações realizadas durante o processo de investigação, desde a fase inicial até às conclusões.
Principais elementos de um relatório forense
- Identificação e Capa
- Resumo Executivo
- Breve descrição do caso.
- Objetivo da análise forense.
- Principais descobertas e conclusões.
- Detalhe do incidente
- Descrição do incidente ou situação que originou a análise.
- Sistemas, dispositivos ou redes envolvidos.
- Limitações ou restrições identificadas (ex.: dados inacessíveis).
- Metodologia
- Descrição das ferramentas e técnicas utilizadas (ex.: software forense, normas ISO/IEC 27037).
- Recolha de Evidências
- Descrição dos dispositivos ou sistemas analisados (marca, modelo, número de série, localização).
- Lista de evidências recolhidas (ex.: discos rígidos, logs, imagens digitais).
- Métodos de recolha (ex.: captura de imagem forense, clonagem de discos).
- Análise Forense
- Processos realizados durante a análise (ex.: análise de ficheiros, logs, metadados).
- Evidências encontradas, com detalhes técnicos (ex.: timestamps, acessos, ficheiros apagados, registos de atividades).
- Dados e resultados obtidos:
- Análise de artefactos (ex.: históricos de navegação, comunicações, logs de sistema).
- Relação entre as evidências e o evento investigado.
- Conclusões
- Anexos
- Capturas de ecrã, gráficos ou outros elementos visuais relevantes.
- Logs e relatórios gerados por ferramentas forenses.
- Documentação de suporte (ex.: autorizações, mandados, ou termos de recolha de evidências).
- Declaração de Autenticidade
- Confirmação de que as evidências foram tratadas de forma ética e em conformidade com a legislação em vigor.
- Garantia de que os métodos utilizados respeitam normas forenses reconhecidas.
Este formato é adequado para relatórios destinados a fins técnicos, jurídicos ou administrativos, assegurando rigor e conformidade com as boas práticas forenses em Portugal.