Os sistemas de segurança dos Estados Unidos da América (EUA) são dos mais robustos que existem, protegendo dados de uma das maiores potências mundiais. Contudo, a Microsoft avisa que um ciberataque massivo promovido pela Rússia irá atingir o país.
Segundo a empresa, os hackers são os responsáveis pelos ataques SolarWinds.
De acordo com uma publicação da Microsoft, embora o Presidente Joe Biden esteja a impor penalizações às instituições financeiras da Rússia, os ciberataques promovidos pelo país continuam a ameaçar as infraestruturas americanas.
Apesar de não ter revelado os detalhes relativos aos ataques mencionados, a Microsoft revelou quase 23.000 ciberataques executados entre os dias 1 de julho e 19 de outubro deste ano, clarificando que não foram provocados pelas vulnerabilidades do software.
No ano passado, dados de cerca de 100 empresas e nove agências federais ficaram comprometidos devido a ciberataques sofisticados. Mais tarde, esses ciberataques foram apelidados de SolarWinds. As investigações realizadas na altura revelaram que essas invasões tiveram origem na Rússia, tendo sido levadas a cabo por um agente patrocinado pelo estado, o Nobelium, que pertence ao serviço de inteligência estrangeiro chamado SVR.
Microsoft: Ciberataques promovidos pela Rússia fragilizam EUA
Na mesma publicação, Tom Burt, vice-presidente de Segurança e Confiança do Cliente da Microsoft, revelou que o Nobelium está a atacar diferentes partes da cadeia global de fornecimento de tecnologias da informação, revendedores de serviços de nuvem, bem como outros fornecedores de tecnologia. Aliás, há uns meses, foi executado um ciberataque que atingiu centenas de empresas em 17 países.
Tendo acesso aos sistemas desses fornecedores de tecnologia, a Rússia terá também acesso às redes dos seus clientes. Assim, de acordo com a Microsoft, o país pretende obter “acesso sistemático e a longo prazo” para vigilância, quer agora, quer no futuro.
Embora um alto funcionário do governo dos EUA considere que estes ciberataques são “operações não sofisticadas e correntes”, que poderiam ser evitados com medidas de segurança basilares mais apertadas, a Microsoft está a encorajar que os visados implementem medidas de segurança mais apertadas. Para isso, disponibilizou um documento para que as organizações saibam como se proteger da atividade ilícita.
De acordo com o The New York Times, se os EUA não reforçarem as defesas, poderão sofrer outro ciberataque semelhante aos SolarWinds.