Um dos assuntos dominantes nas manchetes mais recentes é a crise económica, em Portugal, e no mundo. O cerco está a apertar e, a par dele, terão de ser também os cintos dos cidadãos. No entanto, não são apenas estes as vítimas, uma vez que a Google e a Microsoft também estão a sentir o abrandamento da economia.
Pelo mundo fora, o número de empresas está a diminuir, e as que se mantém de pé estão a sentir o impacto das variáveis económicas, como a subida de preços e o aumento das taxas de juro.
A crise económica está a fazer-se sentir e mesmo aqueles que, à partida estariam preparados para este impacto, estão a sofrer consequências. Aliás, conforme foi tornado público, as vendas das empresas Alphabet e Microsoft abrandaram drasticamente, aumentando os receios das gigantes da tecnologia relativamente a um abrandamento da economia.
A proprietária da Google e do YouTube, Alphabet, revelou que as vendas aumentaram apenas 6% nos três meses até setembro, para 69 mil milhões de dólares, à medida que as empresas foram reduzindo os seus orçamentos para publicidade. Os lucros da mãe da Google caíram quase 30%, para 13,9 mil milhões de dólares neste trimestre, uma vez que as receitas de publicidade do YouTube diminuíram, pela primeira vez, desde que a empresa começou a divulgá-las.
Este resultado marcou o crescimento trimestral mais fraco da empresa em quase uma década – fora o período de pandemia. Aliás, o crescimento das vendas abrandou durante cinco trimestres consecutivos.
Quando a Google tropeça, é um mau presságio para a publicidade digital em geral […] Este trimestre dececionante para a Google significa tempos difíceis pela frente se as condições de mercado continuarem a deteriorar-se.
Disse Evelyn Mitchell, analista principal da Insider Intelligence, recordando que o site principal da Google costuma ser mais resiliente aquando de recuos nos gastos com publicidade do que sites de redes sociais, como o Facebook.
Também a Microsoft partilhou que a procura pelos seus computadores, bem como por outras tecnologias, tinha enfraquecido. Afinal, as suas vendas aumentaram 11%, para 50,1 mil milhões de dólares, marcando também o seu crescimento mais lento em cinco anos. A gigante tecnológica já admitiu que espera que a procura pelas suas tecnologias continuasse a diminuir ao longo do ano, à medida que os clientes empresariais diminuíssem.
Tendo em conta a crise económica, as empresas de tecnologia tê, a par de outras, apertado o seu cinto. No caso da Microsoft, isto significa o corte de postos de trabalho e, na Alphabet, o abrandamento das contratações. Além destas, também outras, como a Netflix e o Twitter, estão a ver o seu ritmo de recrutamento abrandado.
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