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COVID-19: Mercado online de venda de cartões de vacinação falsos está a crescer

Com as exigências sanitárias devido à COVID-19 – que exige comprovativo de vacinação ou um teste negativo, por exemplo -, nem todos seguem as regras e contorná-las parece estar a tornar-se demasiado comum. Afinal, conforme se sabe agora, o mercado online dos cartões de vacinação falsificados está em expansão.

Alguns vendedores chegam a cobrar centenas de dólares por um único cartão.


De acordo com a NBC News, milhares de vendedores online garantem oferecer cópias (quase) perfeitas dos comprovativos de vacinação contra a COVID-19. Atualmente, em muitos países do mundo, os certificados de vacinação representam “luz verde” para cada vez mais atividades. Ou seja, aos poucos, os vacinados vão voltando a ter uma vida parecida àquela que tinham antes da pandemia.

O preço dos comprovativos tem aumentado acentuadamente nas últimas semanas, estando alguns vendedores a cobrar centenas de dólares por um único cartão.

As versões reais são criadas pelos Centers for Disease Control and Prevention, servem para ajudar as pessoas a acompanhar as suas vacinas e são gratuitas. Contudo, o sistema de saúde dos EUA não valida as vacinações e, uma vez que apenas alguns estados adotaram o sistema de certificação digital, os cartões tornaram-se numa forma amplamente usada para provar a vacinação.

O governo federal já tomou conhecimento da venda online dos cartões e começou a intercetar resmas deles. Segundo a U.S. Customs and Border Protection, foram já intercetados milhares de pacotes com cartões de vacinação falsos maioritariamente oriundos de Shenzhen, China. Mais do que isso, a agência revelou ter perdido o rasto a alguns pacotes, porque são realmente muitos.

Em março, o FBI avisou que comprar, recriar e vender cartões de vacinação são práticas ilegais e, na altura, fez, pelo menos, uma detenção de um farmacêutico de Chicago que vendia os cartões no eBay. Desde aí, os principais sites americanos – Etsy, Facebook, Amazon e Twitter – proibiram a sua venda.

No entanto, o problema manteve-se, porque as vendas começaram a ser feitas, de forma massiva, na aplicação de mensagens Telegram. Aliás, investigadores da empresa de cibersegurança Check Point alegam ter identificado cerca de 10.000 utilizadores a vender cartões de vacinação falsos.

Contactados pelo NBC News, três vendedores de cartões de vacinação falsos disseram que exigiam que o pagamento fosse feito com bitcoin e pediam dados pessoais como a data de nascimento e o número de telefone.

Um porta-voz da agência alertou que os “indivíduos não vacinados que utilizam cartões de vacinação fraudulentos põem a si próprios, aos seus entes queridos, e aos seus compatriotas em risco de contrair a COVID-19”.

 

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