Depois de mais de 200 dias de leilão, o procedimento do 5G tem de continuar para que passe a existir serviço para os clientes. Numa entrevista à RTP 3, o presidente da Autoridade Nacional de Comunicações (ANACOM), João Cadete de Matos referiu existirem condições para os portugueses terem 5G já em dezembro.
João Cadete de Matos referiu que, um vez entregues as licenças de uso das novas frequências, o processo de lançamento de serviços 5G dependerá apenas das operadoras.
O 5G permitirá velocidades 10x mais rápidas que o 4G usando a mesma quantidade de dados. Tal como se tem dito, o 5G não será uma Internet para o utilizador final… mas também. O 5G permitir dar resposta a serviços críticos de emergência, de elevada resiliência, tais como aplicações industriais (Indústria 4.0), viaturas autónomas, cirurgias à distância ou serviços de emergência.
A quinta geração de comunicações móveis vai potenciar uma série de serviços inovadores. Realidade virtual e aumentada, carros conduzidos remotamente ou autónomos, cirurgias à distância, são alguns dos exemplos que poderão ter na base uma rede de comunicações assente no 5G. Como referido, a latência baixará para os 5ms, podendo abrir portas a um novo mundo de possibilidades e cenários.
Portugal pode ter já 5G em dezembro diz a ANACOM
João Cadete de Matos referiu que “há condições” para que as primeiras ofertas comerciais 5G possam estar já disponíveis em dezembro.
Diria que todos nós vamos começar a poder utilizar o 5G para as nossas necessidades, não só os cidadãos como as empresas, a partir do próximo mês e sem nenhum atraso substancial relativamente a outros países da União Europeia. Estamos neste momento a aprovar o relatório final, o que irá acontecer nos próximos dias. Depois disso, as empresas vão ter as licenças. Diria que há condições ainda durante este mês de dezembro
O leilão da rede 5G já terminou! Depois de 200 dias, a fase de licitação principal chegou finalmente ao fim. O montante total atingido ascende a 566,802 milhões de euros e os 58 lotes em disputa foram atribuídos a seis operadores: Nos, Meo, Vodafone, Nowo, Dense Air e Dixarobil.
Com um investimento global de 165.091.000 euros, a NOS adquiriu todo o espectro possível para a exploração da nova tecnologia 5G: 100MHz na faixa dos 3,6 GHz e 2x10MHz na faixa 700 MHz, adquirindo também 2x5MHz na faixa dos 2100 MHz e 2x2MHz na faixa dos 900 MHz”.
A Vodafone investiu 133,2 milhões de euros em dois lotes nos 700 MHz e nove na banda dos 3,6 GHz. Já a MEO (Altice) garantiu um lote na faixa dos 700 MHz, dois lotes nos 900 MHz, um lote nos 2,1 GHz e nove lotes nos 3,6 GHz, com 125 milhões de euros. E a Nowo aplicou 70,2 milhões de euros em dois lotes nos 1800 MHz e em lotes nas faixas dos 2,1 GHz e dos 3,6 GHz.
A Dixarobil pagou 67 milhões de euros por um lote nos 900 MHz, outro nos 1800 MHz, dois nos 2,6 Ghz e quatro na banda dos 3,6 Ghz. Já a Dense Air gastou apenas 5,765 milhões de euros na aquisição de mais quatro lotes nos 3,6 Ghz – esta empresa já detinha uma licença nos 3,6 Ghz.
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