Uma das dependências maiores da IA são os dados necessários para a treinar. O X com o Grok tem este problema e Elon Musk tinha encontrado a solução com os dados dos utilizadores. Isso acaba agora na Europa com a UE a chegar a acordo com o X para interromper esse processo.
Elon Musk não usará dados para treinar a IA do X
A União Europeia dispõe de várias organizações independentes responsáveis por zelar pelos interesses dos cidadãos dos países membros. Uma delas é a Comissão Irlandesa de Proteção de Dados (DCP), que, entre outras coisas, procura proteger os dados pessoais dos cidadãos, e que denunciou X pelo tratamento destes.
Este organismo procurou impedir a utilização dos dados dos seus utilizadores e acusou a plataforma de ter obtido os dados pessoais dos utilizadores europeus, recolhendo-os ilicitamente através das suas publicações.
Agora, após ter chegado a acordo com o DCP, a rede social de Elon Musk decidiu suspender o processamento dos dados pessoais dos cidadãos da União Europeia para treinar a sua inteligência artificial, o Grok. Algo que, segundo as acusações, começou a ser feito antes de questionar os utilizadores e ter a sua autorização.
Uma vitória importante para a Europa e os cidadãos
Recentemente foi descoberta uma opção nas definições que permitia que as publicações, interações e resultados fossem partilhados com a IA para “fins de formação e desenvolvimento”. Esta opção foi ativada por omissão para todos os utilizadores, algo que não é permitido na União Europeia, pois exigiria uma indicação clara da autorização de forma consciente e não imposta.
Segundo foi revelado, o DCP confirma que chegou a um acordo com o X e a empresa suspenderá o tratamento de dados pessoais de utilizadores na União Europeia, incluindo dados registados entre 7 de maio e 1 de agosto deste ano.
Os reguladores vão avaliar até que ponto o tratamento está conforme o Regulamento Geral de Proteção de Dados. Para já, o Tribunal Superior confirmou a urgência do pedido apresentado pelo órgão independente. Este acordo é positivo, ao abrir um precedente para outras plataformas que operam na UE e que devem também solicitar autorização para tratar este tipo de dados.