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Voyager 1 chega ao “fim do Espaço”…

Está há 26 anos no espaço e acaba agora de chegar aos limites do nosso sistema solar, tendo conseguido ultrapassar com sucesso a região conhecida como “Choque Terminal” onde partículas elétricas provenientes do Sol colidem com o fino gás do espaço interestelar.


A Voyager 1 e a sua nave-gémea Voyager 2 foram lançadas em 1977 numa missão com o objetivo de explorar os planetas gigantes de Júpiter e Saturno. A dupla resistiu e permaneceu em movimento, pelo que a missão foi sendo sempre extensível a novos objectivos uma vez que ambas têm capacidade para continuar no espaço a enviar informação científica até 2020.

Voyager  no fim do Universo

Para onde quer que se dirijam nos próximos anos, as Voyager transportam consigo um disco fonográfico de ouro com mensagens da Terra.

Apesar de ser uma tecnologia “antiga”, estes incluem sons da Natureza, algumas seleções musicais, 55 idiomas humanos e um painel de instruções para operar o disco.

Voyager 1 é uma das sondas espaciais mais icónicas da história da exploração científica. Desenvolvida pela NASA no âmbito do programa Voyager, a sua construção começou em 1975, com o objetivo de criar uma nave capaz de explorar os limites mais distantes do nosso Sistema Solar e além.A Voyager 1 foi lançada em 5 de setembro de 1977 a partir do Centro Espacial Kennedy, na Flórida, poucos dias depois da Voyager 2. A missão principal consistia em estudar os planetas Júpiter e Saturno, bem como as suas luas e campos magnéticos, fornecendo informações inéditas sobre estes gigantes gasosos.

Após cumprir com sucesso essa missão, a Voyager 1 continuou o seu percurso rumo ao espaço interestelar, tornando-se o objeto criado pelo ser humano mais distante da Terra. Desde 2012, viaja para além da heliopausa — a fronteira onde o vento solar do Sol deixa de influenciar o meio interestelar —, continuando a enviar dados científicos valiosos.

Mais do que uma proeza tecnológica, a Voyager 1 representa o espírito explorador da humanidade. A bordo leva o famoso “Golden Record”, um disco dourado com sons e imagens da Terra, destinado a possíveis civilizações extraterrestres, como uma mensagem de quem somos e de onde vimos.

A partir de 2020 as naves perderão o poder de comunicar com a Terra dada a distância a que estarão do nosso planeta, contudo, estas poderão ficar ativas por tempo indeterminado, poderão voltar um dia a cruzar-se connosco… quando milhares de anos passarem pela Terra. Será?

Mais informações e imagens: Voyager.

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