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UE escondeu estudo que prova que pirataria não prejudica vendas

É uma ideia enraizada e de consenso geral que a pirataria de conteúdos na Internet e a sua utilização de forma ilegal prejudicam os criadores e as empresas que os suportam.

Um estudo que a União Europeia fez mostrou uma realidade completamente diferente e, provavelmente por isso, acabou por não ser tornado público, ficando guardado até agora.


O estudo em causa foi realizado em 2015 e teve um custo de 360 mil euros, suportados pela União Europeia. Atribuído à empresa Ecory, pretendia avaliar o impacto que a pirataria teria nas vendas de conteúdo, nomeadamente jogos, filmes e música.

Como resultado foi entregue um documento de 304 páginas que apresentava algumas conclusões muito interessantes e que contrariam toda a ideia pré-concebia sobre esta “problemática”.

As conclusões finais do estudo são claras e mostram que afinal o impacto que existe é mínimo e que muitas vezes a partilha destes conteúdos até acaba por potenciar e aumentar as vendas destes conteúdos.

In general, the results do not show robust statistical evidence of displacement of sales by online copyright infringements. That does not necessarily mean that piracy has no effect but only that the statistical analysis does not prove with sufficient reliability that there is an effect.

A única área onde existe um real impacto, segundo o estudo, é nos filmes novos, onde houve uma diminuição de 40% de vendas associadas.

O estudo só surgiu agora em público porque Julia Reda, membro do Parlamento Europeu, em representação do partido Pirata Alemão o publicou no seu site pessoal, depois de ter acesso a uma cópia.

Também já antes o estudo terá sido “escondido”, segundo a organização European Digital Rights, referindo-se a um paper apresentado e onde os resultados do estudo eram referido apenas em parte, curiosamente apenas a negativa, e sem referir o documento original.

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