A Huawei está cada vez mais afastada dos Estados Unidos e das suas empresas. Esta é uma guerra sem fim à vista e é necessário encontrar alternativas que a tornem completamente independente do país liderado por Donald Trump.
É certo que a marca se tem conseguido reinventar e continuar a sua luta por um lugar de destaque no segmento dos smartphones. Agora, e para desagrado de muitos, terá que optar por processadores MediaTek para os próximos smartphones 5G. A informação foi avançada pelo presidente da unidade de negócios da Honor, Zhao Ming.
Uma Huawei sem Qualcomm e sem TSMC olha para MediaTek como futuro
Os processadores MediaTek não são propriamente uma novidade nos smartphones Huawei e Honor, no entanto, a marca e os consumidores em geral, viam na Qualcomm uma opção mais acertada. Contudo, o afastamento entre Huawei e empresas norte-americanas, está a obrigar a marca a criar alternativas.
Uma das mais óbvias, no campo dos processadores, é os HiSilicon, de produção própria. No entanto, não será suficiente para suprir as necessidades de disponibilidade de smartphones, ainda mais, considerando o afastamento com a empresa de semicondutores TSMC. É então que surge a MediaTek.
Recentemente, surgiram indícios de que um dos próximos smartphones Huawei de gama média 5G viria equipado com o MediaTek Dimensity 800. De uma forma geral, trata-se de um processador que apresenta um desempenho ligeiramente superior ao Snapdragon 730G, mas inferior ao Kirin 820 5G da Huawei.
A confirmação dada pela Honor
A Honor é uma submarca da Huawei que acabou de lançar o Honor X10. Trata-se de um smartphone 5G equipado com o processador Kirin 820 e que tem outras especificações como câmara tripla, com sensor principal de 40 MP, ecrã IPS de 6,63″ e versões disponíveis com 6 ou 8 GB de RAM e 64 ou 128 GB de armazenamento interno.
No entanto, para o futuro, segundo Zhao Ming, presidente da unidade de negócios da Honor, a MediaTek será uma opção a considerar para os seus próximos smartphones, dada a incerteza de utilização de SoC da família do Kirin 820.
De relembrar que a empresa de semicondutores que fornecia a Huawei, a TSMC, foi obrigada a cortar relações com a empresa recentemente, por causa das medidas impostas por Trump. Apesar da chinesa SMIC, Semicondutor Manufacturing International Corporation, já estar a trabalhar com a Huawei, ainda não há garantias que prevejam um futuro estável para a empresa.
Zhao Ming referiu que a empresa mantém uma boa relação de negócios com a MediaTek e garante que os processadores serão otimizados à EMIU, de forma a responder à experiência de utilização exigida pelos seus clientes.