Deixaria as suas passwords no seu testamento?
Uma das grandes preocupações que devemos ter enquanto navegamos na Internet, é a segurança, e por esse motivo utilizamos passwords nas nossas contas, como emails, redes sociais, blogs, chats, entre outros. Devemos ter sempre em atenção a escolha de uma password forte e segura para que os nossos dados fiquem longe da curiosidade dos mais invasivos.
Mas este é o cenário enquanto estamos vivos, e com faculdades para gerir as nossas contas. Mas já pensaram o que irá acontecer quando morrerem? Gostariam que os vossos familiares/amigos/colegas/etc acedessem à vossa informação privada, ou por outro lado nunca iriam deixar as vossas palavras de acesso disponíveis num local como o vosso testamento?
Um estudo para saber a opinião das pessoas foi realizado na Inglaterra, e os resultados são interessantes.
A questão é pertinente: Faz ou não sentido colocarmos as nossas passwords no nosso testamento?
Assim, e para termos já uma noção daquilo que as pessoas pensam acerca desta nova atitude, um estudo foi realizado em Inglaterra e foram inquiridos cerca de 2.000 pessoas. pelo Center for Creative & Social Technology – CAST –, na Universidade de Londres. Os resultados obtivos demonstraram que os britânicos estão cada vez mais a optar por colocar as suas passwords nos seus testamentos, para que assim as suas músicas, fotografias, vídeos e outros dados guardados online, possam ser partilhadas com familiares e amigos, invés de ficarem ‘fechadas’ na Internet.
De todos os britânicos inquiridos, cerca de 11% afirma já ter incluído as suas passwords, ou faz planos de as incluir, nos seus testamentos. Esta medida foi denominada pelo CAST como “Digital Inheritance”, ou Herança Digital.
No relatório do estudo, foi citada a afirmação de Steven Thorpe, sócio da Gardner Thorpe Solicitors, quando diz que esta “é uma área que se irá tornar cada vez mas importante, devido ao valor monetário das colecções de música, o valor sentimental das colecções de fotografias, e são cada vez menos as pessoas que têm cópias materiais desses bens”, ou seja, preferem tê-los salvaguardados na Internet.
E ao que parece, a Cloud é o novo “baú de recordações”. Os co-autores da “Cloud Generation”, Chris Brauer e Jennifer Barth, realizaram 15 estudos e pesquisas, para investigar as implicações existentes na crescente utilização da Cloud para o armazenamento de recordações pessoais e culturais. Os resultados destes estudos, demonstram que as pessoas pretendem guardar coisas que prezem, como as suas músicas, fotografias e vídeos que são importantes nas suas vidas.
Mas também demonstrou que há cada vez mais pessoas a querer partilhar essas relíquias com os seus herdeiros.
Para Brauer, os actuais “nativos digitais” confiam instintivamente na Cloud para interagir, guardar, armazenar e compartilhar os seus dados e interesses.
Ainda 25% dos entrevistados acreditam que até ao ano de 202o, não iriam imprimir mais fotografias, e 14.5% afirma mesmo que não irá ter mais nenhum livro. [via]
A Cloud é então um dos recursos mais procurados para as pessoas salvaguardarem as suas memórias, mas devem essas recordações ser partilhadas após a morte? Colocariam vocês as vossas passwords no vosso testamento?
Este artigo tem mais de um ano
Ora aí está uma boa questão!!! Eu não tenho opinião formada neste momento…tenho de reflectir 🙂
Olha, a mim nunca tinha passado tal coisa pela cabeça!
Mas que até tem a sua lógica, tem! 😛
A mim tampouco.
Mas agora fiquei a pensar.
Bem que tema… 😀
Tambem tenho de refletir
Havia de ser jeitoso mudar o testamento cada vez que mudo as passwords…
Essa é que é uma grande verdade!! 🙂
Quanto a mim de momento prefiro não partilhar, no entanto no futuro poderei mudar de ideias
Dás uma senha mestre de um cofre digital num disco rígido onde tens armazenado as senhas sempre actualizadas, explicando como abrir o dito cofre (um truecrypt, steganos, ou outro qualquer), que por sua vez pode estar dentro de algum cofre físico em casa ou num local onde os herdeiros em vida não tenham acesso fácil, mas após a morte já consigam ter.
Isto é uma ideia, só para quem quiser partilhar as senhas, claro.
Eu no meu testamento deixo o meu IP fixo celestial, quem quiser as minhas passwords pode ligar-se por FTP que eu partilho 🙂
—
Agora aserio, nunca pensei nisso… A questão que se põe é…
Será que tenho algo de valor protegido por palavra passe que queira partilhar com alguem ?
Epá, nunca pensei nisso… mas a verdade é que não tenho praticamente nada online…
E haverá testamento para deixar?
hehe
Acho que essa é a questão mais pertinente 😀
A pass do banco online 🙂
Imagino como seria a missa do 7º dia….
Oração dos Informáticos
Satélite nosso que estais no céu, acelerado seja o vosso link, venha a nós o vosso host, seja feita vossa conexão, assim em casa como no trabalho. O download nosso de cada dia nos dai hoje, perdoai nosso tempo perdido no Chat, assim como nós perdoamos os banners de nossos provedores. Não deixeis cair a conexão e livrai-nos do Spam. Amén! (citado aqui no pplware)
eheh, 😉
Se descobrirem minhas senhas e acessarem o que guardo aí sim eu morro…
Piadas à parte, já cogitei a seguinte linha de raciocínio: caso eu morra, não seria interessante que apagassem meus perfis? (facebook, orkut, deviantart etc etc etc…)
Falo isso pois tive uma amiga que faleceu sua account foi hackeada, portanto ela acabou enviando “emails póstumos” … o que foi horrível receber… imagino o que a família deve ter sentido ao receber tais mensagens, não acho que nossos perfis on line devam durar do que nossas vidas.. não faz sentido, é triste e até mesmo angustiante para os que ficam.
Penso que o Facebook tem agora um sistema que remove a conta da pessoa falecida assim que é notificado da morte. Ainda tenho que pequisar mais sobre isso.
e como é que informas o FB que a pessoa morreu?
Pois, tenho que pesquisar melhor.. talvez seja a família, não sei. 🙂
Quanto ao Facebook estás com azar pois mesmo morto dificilmente o teu perfil desaparecerá das bases de dados deles. 😛
Passa do Facebook, para o Deadbook.
@Marisa Pinto
Desta vez deixaste-me mesmo sem palavras, tal é a surpresa que tive quando me deparei com este artigo. Acho que, também não tenho opinião formada sobre o assunto. Vou reflectir 🙂
eheh, espero que tenha sido para o bem!
Pois é uma questão para reflectir sim, mas que é uma atitude que pode vir a ser uma tendência…
Até porque se repararmos, cada vez mais temos as nossas coisas no computador/internet.. as fotos como o artigo diz.. mesmo que seja só no computador, se só nós tivermos acesso à password do computador, mais ninguém poderá ter acesso a essas memórias?
E irá a família respeitar isso ou contratar um hacker? Essa é também outra questão, é.. 😀
Foi para o bem sim senhora! Eu gosto de ler este tipo de artigos que nos fazem reflectir.
Em todo o caso, não vou deixar as password´s em testamento, mas como sei que a nossa vida está sempre presa por um fio, tive o cuidado de, em vida, dizer ao meu irmão qual a minha password principal, a que acede à conta Google, Facebook, etc. E no sentido inverso aconteceu o mesmo. Claro está que para isso acontecer há que ter com a outra pessoa uma relação de confiança mútua.
Vendo as coisas por uma perspectiva comercial, se calhar falta uma aplicação on-line, onde estejam armazenados com uma forte encriptação, as nossas palavras passe, à qual, periodicamente teríamos que aceder (o que significaria que estávamos vivos) e que passados um certo número de dias ou meses sem qualquer acesso, despoletaria o envio das nossas credenciais para o e-mail previamente definido! Cá espero parte dos lucros da aplicação 🙂
Eu tenho de deixar… E um tutorial a explicar a quem o ler, como é que se renovam as licenças dos servidores e software…
Como trabalho por minha conta (sozinho) e só na Internet, era muito mau os meus clientes ficarem sem acesso aos dados deles (host e websites).
De facto é um assunto que nos deixa mesmo a pensar.
Apesar de não ter nada na Cloud vou deixar as minhas passwords num envelope para que os meus familiares encontrem.
“A Cloud é então um recursos maos procurados para as”
se calhar não era isto que queríeis escrever…
Marisa parabéns, conseguis-te deixar metade dos leitores do pplware a reflectir 😀 Foi um incrível feito !
Não são bem metade, mas já é um bom número 🙂
Obrigada!
bem sei que não é funcionário da Apple mas pronto….
http://aeiou.exameinformatica.pt/morreu-o-inventor-da-inteligencia-artificial=f1010934
off topic
GTA V é Anunciado, va pplware façam uma noticia sobre este grande anuncio!!!
http://www.rockstargames.com/
Por acaso já tinha pensado bem nesse assunto e sim deixaria, pois gostaria que soubesem quem eu era na internet e o tinha e fazia na internet.
Bem depende dos dados/contas, por exemplo tenho mais de 10GB de músicas online e mais de 30GB no ipod, 100GB de filmes e mais 2 ou 3GB de fotografias num HD e neste caso preferia que ficassem disponíveis pelo menos para as pessoas mais próximas, uma conta de email não fazia sentido ficar activa mas um blog sim e nesse caso era preciso alguém ter conhecimento da palavra-chave para manter o blog activo ou até mesmo dar continuidade ao blog. Até agora herdavam-se negócios/empresas agora a tendência é para os bens digitais e online. Boas reflexões sobre o assunto 😀
É uma boa ideia de negócio. Muitas empresas de segurança já oferecem também backups online.
É natural que depois desta venha a oferecer um servico em que fica no testamento que a pass A é para a Maria e a pass B para o Zé.
Depois de lido testamento o Zé a Maria vão à empresa de antivirus e apresentam-se como herdeiros e eles dão-lhes as pass. 🙂
Boa oferta de negócio para os cartórios online 🙂
Claro que não deixarias as passwords no meu testamento, isso é ridículo. Se até então não quis mostrar a ninguém os meus dados, porque haveria de o fazer agora? Só por estar morto? lol
Bem eu já tinha pensado algo mais criativo, deixar um CD interactivo com a minha voz projectada do Além xD
No meu Testamento já estão todas as Passwords e Usernames mais importantes. Destaco os dados de Acesso ao meu Portátil, iPad, Dropbox, iTunes, NetBanco, entre outros.
Anexo ao meu Testamento está também uma PEN, onde consta toda a Informação Financeira relevante e Relação de Bens.
Direi que sou um Homem Informatizado, xD.
eheh, parece que sim 🙂
Engraçado com as coisas mudam…
Nem dinheiro tenho para o meu enterro quanto mais bens, digitais ou fisicos, para deixar em testamento
Isto é mais um “ganda” negócio para os advogados (não lhes basta as patentes) em que o pessoal cada vez que altera a password tem de alterar o testamento e por conseguinte pagar mais uma taxa. E isto enquanto o estado nao se lembrar de tributar os bens digitais.
PS – Vou já registar este “método de transmissão de passwords a partir do além” 😛
ja pensei nisto várias vezes!
Já me passou pela cabeça esta questão algumas vezes, sobretudo para o Home banking
mal nasci já tenho de pensar no testamento… que lastima.
que dizer, a minha vida privada é privada mesmo depois da morte. Se quiserem as passwords tem de vir ter comigo depois de morto. o problema é voltar 😛
mas ainda há hipotese de ver, se tiver pc’s com net no ceu XD
Depois de refletir…
Sim, eu deixaria, há coisas que não fazem sentido ficar online.contas pessoais, fotos, e-mails, etc.
Seria triste para quem fica.
Há uns 2 anos fiz isso, embora não em testamento. Tenho as minhas pass escritas em local escondido, que actualizo sempre que necessário, o qual o meu irmão conhece. Se eu partir antes dele, está lá tudo e ele fará o que melhor entender. É isso que está combinado entre nós.
Como tenho muito tempo livre (infelizmente) ja pensei nesta possibilidade e sim, deixava a(s) minha(s) password(s) no testamento.
Sendo um bocado frio, eu ja ia estar debaixo da terra e não ia fazer mal nenhum se descobrissem um podre ou dois sobre mim. Não me ia preocupar muito com isso