FBI, NSA e CIA assinaram um relatório público, datado de dia 6 de Janeiro de 2017, que revela, com alguns detalhes, envolvimentos da Rússia nas eleições presidenciais dos Estados Unidos, que tiveram como desfecho a vitória de Donald Trump.
As suspeitas de que a Rússia teria “hackeado” as eleições, sob o comando de Vladimir Putin, para descredibilizar Hillary Clinton durante a campanha, passam assim a certezas.
Num relatório público, assinado pelo FBI, CIA e NSA, divulgado durante o dia de ontem, é dada a certeza do envolvimento de hackers russos nas eleições presidenciais dos Estados Unidos, que decorreram no passado mês de Novembro.
Denegrir a imagem de Hillary Clinton
Segundo pode ser lido no relatório, é dada a certeza que Vladimir Putin, presidente da Rússia, “ordenou uma campanha de influência, em 2016, com vista à eleição presidencial dos Estados Unidos”, com o objectivo de “minar a crença pública” durante a campanha eleitoral, denegrindo a imagem de Hillary. Pode ler-se ainda que as agências detectaram que o governo russo demonstrou uma clara preferência por Trump ao longo do processo eleitoral.
Em Julho de 2015, segundo avança o relatório, a central de inteligência da Rússia teve acesso às redes do Comité Nacional Democrático (o directório do partido de Clinton), mantendo este acesso, pelo menos, até Junho de 2016.
Rússia teve apoio de hackers americanos
Os hackers russos, aparentemente, tiveram o apoio de dois grupos de hackers norte-americanos, os Guccifer 2.0 e DCLeaks.com, para aceder à rede do comité do partido de Hillary e divulgar informações sigilosas.
O que não foi revelado publicamente
Por questões de segurança, este relatório público oculta uma série de informação relevante, nomeadamente, os detalhes de como ocorreram os ataques e as suas consequências. Donald Trump e Barack Obama tiveram acesso ao relatório completo, relatório este solicitado por Obama.
Donald Trump continua a afirmar que a Rússia não teve qualquer influência na sua eleição e que não houve qualquer manipulação nas urnas, mas perante mais este relatório parece não haver dúvidas que existiu uma campanha influência de grande escala durante as eleições norte-americanas.
Via: The Verge