A guerra que se vive na Europa está a ter já consequências devastadoras para todos. Num curto resumo, há um povo destruído, um país que continua a lutar e a economia mundial que está a ser afetada por tudo o que está a acontecer.
A Rússia parece que, apesar de tudo, está a ganhar vantagem em relação à Ucrânia, mas há uma arma que poderá mudar o rumo do jogo. Os militares ucranianos estão a recorrer a drones “revolucionários” que podem transportar 3 kg de explosivos e atingir alvos até perto de 50 km.
O site The Times of London deu a conhecer uma arma que poderá estar do lado da Ucrânia nesta guerra onde a sua capacidade militar é bastante inferior à dos seus inimigos russos.
Eugene Bulatsev, um engenheiro da empresa ucraniana UA-Dynamics, disse à agência que os drones Punisher são “revolucionários” e já completaram perto de 60 missões “bem-sucedidas” desde o início da invasão russa.
Segundo afirma, esta é uma forma mais acessível de atacar o inimigo a longa distância e sem colocar em perigo os militares ucranianos ou a vida de civis.
Os drones elétricos Punisher têm uma envergadura de 2,3 metros, podem voar durante horas a 1.300 pés de altura (cerca de 400 metros) e precisam apenas das coordenadas do alvo para realizar uma missão automaticamente. Nestas missões, há um drone de reconhecimento menor, o Spectre, acompanha o Punisher para identificar alvos antes dos ataques.
Estes drones começaram a ser desenvolvidos depois do início dos combates no leste da Ucrânia em 2014, e que têm feito centenas de vítimas ao longo dos últimos anos.
Três quartos dos nossos funcionários são veteranos, com experiência em operações especiais em território inimigo
|Disse Maxim Subbotin, especialista em marketing e porta-voz não oficial da UA-Dynamics
Segundo o The Sun, estes drones Punisher têm vindo a provocar danos “atrás das linhas pró-Russas em Donbas há anos, porque o inimigo não faz ideia do que é que os atingiu”. Isto acontece porque o drone é relativamente pequeno e leve para não ser detetado pelos radares.
O drone pode suportar até 3 bombas de cada vez e atingir três alvos diferentes, regressando à base para recarregar e voltando ao ataque numa questão de poucos minutos.
Vimos imagens que não podemos verificar, mas vimos imagens de ucranianos a usar UAVs (veículos aéreos não tripulados) para atacar comboios de gasolina, linhas logísticas, vimos linhas a explodir, todas as coisas que se imaginam quando se trata de resistência
|Disse Ben Wallace, secretário de Defesa britânico
Nesta guerra já vimos também a Ucrânia a recorrer a drones Bayraktar TB2 da Turquia.
A saber que, dados divulgados hoje pelo Escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos, desde que a Rússia iniciou a invasão à Ucrânia já foram mortos 406 civis, destes, 27 eram crianças, e 801 ficaram feridos. Estes são números oficiais, mas acredita-se que sejam bem mais as vítimas não contabilizadas.