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Polícia Judiciária faz a maior apreensão de sempre de Bitcoins

A Diretoria do Norte da Polícia Judiciária deu hoje a saber que apreendeu moedas virtuais, especialmente Bitcoins, num valor equivalente a 130 mil euros numa vivenda em Gaia.

Segundo a PJ esta foi a maior apreensão de criptomoedas que alguma vez aconteceu em Portugal.


Em declarações à Lusa, a PJ informou que “É a primeira apreensão de moedas virtuais no Norte de Portugal e deverá ser a maior até ao momento em Portugal”. Segundo a autoridade, a moeda virtual é atualmente o meio mais utilizado para fazer “lavagem de dinheiro”.

A investigação desenvolvida pela Polícia Judiciária permitiu recolher fortes indícios de que os suspeitos efetuariam um conjunto de procedimentos, com recurso a meios informáticos, burlando e lesando um número ainda indeterminado de cidadãos estrangeiros, sendo o fruto dessa atividade posteriormente objeto de ações visando a sua ocultação das entidades fiscalizadoras, tendo como objetivo o branqueamento das quantias provenientes da atividade ilícita desenvolvida.

Além da apreensão das moedas virtuais, principalmente bitcoins, também foram apreendidos gifts cards (cartões presentes), no valor de 5.500 euros, e diverso material informático.

Durante a operação, foi detido um casal que vivia numa “vivenda geminada” em Vila Nova de Gaia, distrito do Porto. Os dois detidos são suspeitos de crimes de branqueamento e burla informática e acesso ilegítimo.

Segundo as informações, o indivíduo detido é considerado um expert em informática e a mulher tinha várias contas bancárias. Uma dessas contas bancárias movimentou em 2017 mais de “300 mil euros” em apenas quatro meses.

A PJ referiu ainda que o casal obteve com esta “atividade ilícita elevados proventos económicos”, tendo-se apurado, até ao momento, a existência de lesados em França e Espanha, mas presume-se que existam “mais lesados na maior parte do espaço europeu”.

Durante a operação foram também apreendidos saldos de contas bancárias, um apartamento, uma viatura automóvel, dezenas de cartões bancários, telemóveis e outros bens.

De acordo com fonte da Secção Regional de Investigação do Branqueamento e Infrações Tributárias “Portugal é considerado “um país apelativo para a mineração de bitcoins”.

 

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