Os carros autónomos estão a ganhar uma importância estrondosa no mundo automóvel. São cada vez mais as marcas a investir em pesquisas relacionadas e são já vários os que percorrem estradas, ainda que em modo de teste.
Mas há uma questão fundamental: a segurança. Será que esta condução autónoma é mais segura que a humana? Os baixos números de acidentes registados, podem ser enganadores.
É verdade que o número de acidentes que envolve automóveis de condução autónoma é muito reduzido mas, esse facto talvez não deva ser encarado de forma despreocupada.
Num estudo preliminar do Instituto de Transportes da Universidade de Michigan foram contabilizados os acidentes com veículos autónomos da Google, Delphi e Audi com licença para circular nas estradas. Estes valores foram comparados, através de estatísticas ajustadas, aos acidentes que envolveram veículos comuns.
Através desta comparação, o Instituto pode concluir que ,em média, por mil milhas percorridas, os acidentes com carros autónomos foram, proporcionalmente, mais do que com carros conduzidos de forma convencional.
Há que ter em conta que o número da amostra relativo aos carros autónomos é ainda muito reduzido em comparação com os carros comuns e, desse modo, não é possível avançar ainda uma conclusão concreta, facto para o qual os investigadores alertam.
Além do mais, a maioria dos acidentes que envolveram carros autónomos, foram provocados, ou tiveram envolvidos, carros conduzidos por pessoas, principalmente, quando estes carros autónomos estavam a circular a uma velocidade muito reduzida o mesmo parada (cerca de 73% dos acidentes).
É do senso comum que os veículos que conduzem devagar de mais também representam um perigo na estrada. Mas, também por este facto, os danos provocados pelos acidentes que envolveram estes carros autónomos tiveram uma menor gravidade do que nos outros casos, não foram registados ainda quaisquer danos fatais para as pessoas e os ferimentos foram de pouca gravidade.
Numa fase em que o número de carros autónomos é muito reduzido nas estradas, é ainda cedo para concluir se esta é uma condução mais ou menos perigosa.
Via: ARS Technica