O investimento em painéis solares parece fazer cada vez mais sentido. Na verdade, o futuro parece ser mais desafiador neste campo. Isto porque mesmo sem Sol querem pôr os painéis a produzir energia. Existe agora um novo sistema. Chama-se Neutrinovoltáico e foi desenvolvido para produzir energia mesmo sem a luz do Sol.
Vamos conhecer uma nova tecnologia desenvolvida pelo grupo alemão Neutrino Energy.
É no verão que o investimento é pago
É inegável que os valores alcançados pelos sistemas fotovoltaicos variam entre os meses de verão e de inverno. Não é que entre novembro e maio a produção pare, mas está provado que a quantidade de energia gerada durante o verão é três vezes superior à produzida no inverno. Assim, os picos mais elevados de produção são registados entre maio e setembro.
Mesmo em Portugal, no interior, se neva, os módulos fotovoltaicos mal conseguem funcionar. Especialmente em telhados onde a neve não desliza. Forma-se uma camada que impede que a luz chegue aos painéis. Como resultado, a energia solar é refletida mesmo antes de poder ser convertida em eletricidade, pelo que o rendimento desaparece quase por completo.
Um exemplo real
Na Alemanha, em novembro, a produção de um sistema fotovoltaico com uma potência nominal de 5 kWp é de 17 kWh, enquanto em dezembro é de 19 kWh e em janeiro 27 kWh. Em junho, o valor pode atingir 125 kWh.
Outro problema é o número de metros de instalação necessários para atingir estes níveis de produção. Para alcançar esta eficiência, é necessária uma potência nominal de aproximadamente 1 kW entre cinco e sete painéis. E nem todas as casas têm tanto espaço disponível.
Armazenar no verão para uso no inverno
A solução para continuar a ter eletricidade obtida a partir da energia solar também no inverno é armazenar parte da eletricidade obtida nos meses de Sol.
Esta é uma boa solução, mas apenas em teoria, porque, na prática, não é viável em todos os agregados familiares. Um armazenamento de chumbo-ácido ou de iões de lítio pode ser do tamanho de um frigorífico e o seu custo é por vezes demasiado elevado.
Neutrinovoltáico – A solução para obter energia solar no inverno
A fim de resolver todos os problemas de sazonalidade, espaço e preço, o Grupo Neutrino Energy desenvolveu uma solução chamada neutrinovoltáico.
O neutrinovoltáico utiliza todas as partículas de radiação não visível que chegam continuamente do espaço exterior, bem como da hidroeletricidade que é criada de forma artificial.
O grupo germano-americano desenvolveu um metamaterial de camadas dopadas de silício e grafite. A radiação invisível chega a este material nano revestido e faz vibrar os átomos. Posteriormente, essas vibrações atómicas são otimizadas horizontal e verticalmente através da estruturação geométrica das camadas de grafite e silicone, e amplificadas até poderem ser removidas da superfície como uma corrente elétrica contínua.
O seus criadores afirmam que com uma película de alta performance revestida com o princípio neutrinovoltáico, e com apenas uma superfície do tamanho de uma folha A4, já podem ser entregues mais de 2,7 watts.
Tecnologia que provou ter melhor performance a captar energia
Em vez de interagir com o ambiente apenas numa camada superior, os painéis de neutrinovoltáicos empilhados desenvolvem um efeito de profundidade, uma vez que também interagem com as camadas inferiores. Assim, com um “power pack” do tamanho de uma pilha de papel de impressora, é possível gerar eletricidade, mesmo que em condições de laboratório, cerca de 1,25 a 1,5 kW.
Vários testes também confirmaram a eficácia desse método sob a superfície da Terra. Segundo informações, foi usada a técnica num poço no maciço suíço de São Gotardo. Estes painéis estavam a mais de 40 metros abaixo do solo. Ou seja, tiveram sucesso mesmo com a proteção absoluta das fontes de radiação artificial.