A Microsoft baniu a utilização da versão gratuita do Slack para mais de 100 mil colaboradores. De igual modo, também a utilização dos Amazon Web Services, bem como o Google Docs foram colocados na lista de apps e serviços a evitar. Em causa estão preocupações internas com a segurança e a competição.
Sobretudo para o Slack, a decisão prende-se com a existência de uma solução própria, a Teams.
A Microsoft desencorajou o uso de vários serviços rivais, tendo também banido a utilização de outros. Entre estes, o serviço de comunicação e gestão empresarial conhecido como Slack (Free e Plus) seja, talvez, o exemplo mais paradigmático.
Microsoft proíbe os colaboradores de usar o Slack
De acordo com uma circular interna publicada, entretanto, pela imprensa estrangeira, a Microsoft coloca em cheque a segurança do Slack. Algo que se torna bem claro com o excerto apresentado em seguida:
O Slack na modalidade Free e Plus, não fornecem os controlos necessários para proteger a propriedade intelectual da Microsoft. Os utilizadores existentes destas soluções devem migrar o seu histórico de conversação e ficheiros para o Microsoft Business, ou para o Teams. Ambas as soluções oferecem as mesmas funcionalidades, bem como a integração das apps Office 365. Em ambas estão também precavidas as chamadas, bem como as videoconferências. Note-se que o Slack Enterprise Grid já se coaduna com os padrões de segurança exigidos pela Microsoft, mas ainda assim encorajamos a utilização do Microsoft Teams em detrimento das soluções concorrentes.
No Slack for you! Microsoft puts rival app on internal list of ‘prohibited and discouraged’ software #100DaysOfCode https://t.co/ykauxHZg6U pic.twitter.com/Zx3jVsq85J
— Javier Feliu (@JavierFeliuA) June 24, 2019
Assim sendo, apenas o Slack Enterprise Grid foi classificado pela Microsoft como seguro para as suas atividades. No entanto, tendo em conta os custos desta solução é provável que o uso da solução própria seja cada vez mais exigida. Algo que gradualmente também se aplicará ao Google Docs e serviços Amazon.
Evitar o uso do Google Docs e serviços web da Amazon
Apenas se existir alguma razão empresarial para tal. Só nesse caso é que os colaboradores da Microsoft poderão continuar a utilizar o Google Docs, ou os serviços Amazon. Aliás, até mesmo a plataforma GitHub, pertencente à empresa, foi colocada sob reserva, não sendo adequada para informações confidenciais.
Seguindo este curso de ação, a empresa norte-americana baniu também a utilização de ferramentas de controlo gramatical. Entre estas, a mais popular sendo a Gramarly, um serviço que verifica a sintaxe, gramática e possíveis erros ortográficos. Mais uma vez, refletindo preocupações de segurança.
Em síntese, a gigante está a precaver possíveis fugas de informação ou acesso indevido à mesma. Para tal, estão a cortar as portas de saída, por muito úteis que sejam os serviços rivais. Note-se que a intenção é una, evitar que dados sensíveis cheguem sequer a plataformas alheias, ainda que por segundos.
A exceção sendo a necessidade de estudar as soluções da concorrência para desenvolver os seus produtos. Em boa verdade, é ao abrigo desta prerrogativa que alguns colaboradores poderão continuar a usar o Google Docs, serviços Amazon e claro, a plataforma Slack.
Utiliza alguma destas soluções na sua atividade empresarial?