Jobs avisa “Firefox e Opera ao terem adoptado o codec Theora, podem estar a infringir patentes e serem alvo de processos judiciais”!
A guerra entre gigantes tecnológicos está ao rubro e Steve Jobs não baixa a guarda nem dá tréguas. Depois de criticar duramente o Flash, vira-se agora para o codec Theora, formato de compressão de vídeo.
O Firefox e o Opera adoptaram o codec Theora, no entanto todos os codecs de vídeo estão protegidos por patentes. Steve Jobs deixa o aviso: “o recém formado consórcio de patentes, irá virar-se sobre o Theora e sobre outros codecs abertos”. Ainda segundo Jobs, “só porque alguma coisa é de código aberto não significa nem garante que não estejam a infringir as patentes de outros. Um standard aberto e livre de direitos é diferente de código aberto”.
Esta carta de Steve Jobs é uma resposta a Hugo Roy da Free Software Foundation. Roy recebeu esta carta e como carta aberta que era, publicou-a no seu blog, onde posteriormente tece um comentário às últimas manifestações de Steve Jobs. Roy escreve que Jobs tem uma atitude acertada face ao Flash, tendo em conta que esta é uma tecnologia proprietária, no entanto recorda que a Apple utiliza o codec H.264 que exige o pagamento de licença para ser implementado, uma filosofia contrária ao Firefox e Opera que implementaram um codec, Theora, de código aberto e livre de patentes.
Esta batalha dá-se no contexto da adopção do HTML5 que permite inserir vídeo e áudio, de forma nativa num browser, sem necessidade de utilizar Flash, Silverlight ou JavaFX. O Flash da Adobe, é uma ferramenta utilizada por mais de 75% dos vídeos da web e está instalado em mais de 90% dos computadores.
Conforme fomos dando conta, a Apple já anunciou que não aceitará Flash nos seus dispositivos móveis e Jobs já explicou quais as razões que sustentam a sua posição: “Flash é uma tecnologia da era dos PC’s e não desta actual era dos dispositivos móveis”, mas ele vai mais longe, “Flash é da época do rato e não dos ecrãs de toque, também não é aberto, como o HTML, CSS e Javascript”.
Mas o que mais inflama esta acesa troca de palavras é a afirmação de Jobs quando este atira com “Flash não é seguro nem estável. Sabemos que é o principal responsável dos erros que são reportados no Macs”.
Além da insegurança e da falta de establidade, o Flash é apontado por Jobs como uma tecnologia que consome demasiada energia e que, como é multiplataforma, depende de uma terceira empresa quando tem de decidir a hora de entregar a ferramenta aos programadores.
Obviamente que a Adobe rebate todas estas questões dizendo que são questões comerciais e não cariz tecnológico, as desculpas de Steve Jobs e que este pretende “aprisionar” o consumidor no seu sistema proprietário.
Recentemente a Microsoft juntou forças e colocou-se ao lado de Steve Jobs: