IRS: Depois do fim das Applets Java, AT adopta Lightweight Form
A Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) é a organização responsável pela administração dos impostos e direitos aduaneiros em Portugal. Uma das suas competências é a recolha das declarações de rendimentos dos contribuintes.
No início do ano a AT informou que iria abandonar a tecnologia Applets do Java tendo escolhido como tecnologia sucessora o Lightweight Form.
A recolha desmaterializada de declarações de IRS foi um dos projetos pioneiros da transformação digital da Administração Pública (AP). As primeiras declarações de IRS recolhidas através da Internet ocorreram em 1997, um marco num processo que teve uma evolução contínua na abrangência da informação recolhida e processada.
Estas alterações foram fundamentais para que a obrigação legal da declaração de rendimentos fosse cumprida com cada vez menos esforço dos contribuintes, uma vez que foram sendo realizadas melhorias e acrescentadas funcionalidades.
Atualização tecnológica da aplicação IRS
De acordo com um caso de estudo da Opensoft, a AT passou a usar a sua framework Lightweightform. A framework Lightweightform é uma plataforma open source que possibilita o desenvolvimento de formulários web exigentes (milhares de campos, regras de negócio e validações), com menos investimento de tempo e recursos.
Além de disponibilizar um conjunto de bibliotecas e recursos para serem integrados em diferentes projetos tecnológicos, garante a usabilidade da interface. Os seus componentes são também compatíveis com diferentes navegadores e dispositivos.
No caso de estudo é ainda referido "Esta atualização tecnológica foi acompanhada por um processo de gestão da mudança, pensado para minimizar o impacto para os contribuintes e para a operação da AT: o trabalho de desenvolvimento foi iniciado mais cedo e foi mantida uma versão operacional da versão anterior que permitiria, como último recurso, não ter nenhuma quebra na operação nem comprometer os prazos de reembolsos anuais do IRS".
Alguns números deste projeto:
- Solução para recolha de declarações IRS: 1000 campos e 2500 validações
- 5,4 milhões de declarações eletrónicas submetidas
- 3,4 milhões através da versão HTML
- 1,6 milhões abrangidas pelo ‘IRS automático
Este artigo tem mais de um ano
Fantástica escolha de framework, até fico admirado honestamente…
Ficas admirado porquê ? Até parece que não existem bons developers no estado ?
Se era para evoluir certamente ponderaram bastantes frameworks, existem tantas que antes tiveram que escolher a tecnologia/linguagem primeiro para depois implementarem.
Developers no Estado ??
Isso é feito por Software House, contratada, ou seja, privados, se entregassem o desenvolvimento a alguém empregado do Estado, ainda estavam na pedra lascada, lol.
A ignorância é muito atrevida
Isto funciona com a recolha do Saf-T de faturação?
Era óptimo.
E para quando?
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Era mais do que óptimo. Qualquer dia é impossível enviar o saft…
+1
Já muitos softwares de facturação permitem a submissão do SAF-T sem necessidade de ir pelo portal E-Fatura. O mesmo com as guias de transporte.
Verdade, e muitos enviam factura a factura online. Mas nem toda a gente necessita, ou se dispõe a tal, de pagar uma mensalidade por causa desta funcionalidade.
Weoinvoice esta incluido nesse lote?
+1
Isso é que era!!!
Cada vez que se vai lá leva-se com a treta do erro da falta de Java e lá temos nós de ir ao cemitério da Microsoft, desenterrar o IE11, fazer uns “mambo-jambos” para aquilo virar zombie e depois manda-lo submeter o raio do saft…
Real treta!!!
João, o truque agora é uma extensão que se pode instalar no Chrome actual: a IE-tab. Experimenta e deita fora esse browser de outros tempos. Pena é que a nossa AT ainda viva nesses tempos…
…IE-tab, também descobri à pouco tempo, e resolveu um GRANDE problema (que se arrasta eternamente), sem dúvida!!
Obrigado pela Dica 😀
Porém para mim tem 2 problemas:
– Requer que eu esteja no Windows para poder usar o Rendering Engine do IE, coisa que nem sempre acontece (a maior parte do tempo trabalho em Linux)
– Iria requerer que eu usasse Chrome – coisa que nunca acontece!
Mas foi uma dica valiosíssima porque fez-me lembrar que havia uma extensão para Firefox, à uns anos, que eu usava quando desenvolvia páginas web – e o IE ainda era o maior – só não me lembro do nome… ahahahahahah.
Mas vou à procura a ver se ainda existe alguma coisa!!!
OBRIGADO!!! 🙂
A nossa AT tá demorada, mas com o Java 8 a bater as botas para Janeiro (acaba-se o suporte para empresas)……….
pode ser que se mexam…
João, de nada! Estamos aqui para ajudar-nos uns aos outros, acima de tudo.
Eu também uso o linux para tudo, mas mantenho uma vm com um win7 sempre à mão para aqueles momentos em que a relação custo-benefício não é favorável. Hoje em dia é mais para manter alguns documentos word e excel mais complexos e enviar o Saft para a AT. 😉
É mais complicado…
Cortesia da Comissão de Protecção dos Dados Pessoais, no seu parecer de Janeiro de 2013, o ficheiro SAFT tem que ser alterado no nosso computador. Os dados que não estão elencados na lei não podem entrar nos servidores do estado.
ALELUIA
Mesmo!!!!
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Na realidade sempre houve várias opções para entregar declarações…
Por exemplo, usar a opção de entregar a declaração usando software compatível permite carregar o ficheiro da declaração usando apenas um browser, qualquer um deles, qualquer um mesmo.
Há até o webservice que até permite entregar declarações sem browser, só é preciso um programa que suporte webservice, como por exemplo o programa de preencher offline da AT, ou qualquer outro programa equivalente.