O ano de 2022 começou quase com a descoberta de uma nova variante do coronavírus, a IHU. Esta variante foi detetada em França e de acordo com o que já se sabe tem mais de 40 mutações genéticas.
Uma dessas mutações está mesmo associada a um potencial aumento da transmissão do vírus.
Variante IHU deriva de uma outra, a B.1.640
De acordo com os investigadores do Instituto Hospitalar Universitário (IHU) de Marselha que fizeram a descoberta, a nova estirpe do SARS-CoV-2 tem 46 mutações, incluindo uma que está associada a um possível aumento de contágios.
As informações sobre esta nova variante ainda são muito poucas, tendo a variante sido já batizada pelos cientistas com as iniciais do instituto, IHU, e deriva de uma outra, a B.1.640, detetada em finais de setembro de 2021 na República do Congo e atualmente sob vigilância da Organização Mundial da Saúde.
Em França, os primeiros casos da nova variante, que tem a designação técnica B.1.640.2, foram detetados na localidade de Forcalquier, na região de Provença-Alpes-Costa Azul. Também em Marselha há casos registados.
O Instituto Hospitalar Universitário de Marselha, que é reconhecido pelo tratamento de doenças infecciosas, é dirigido pelo polémico médico Didier Raoult, que recebeu uma advertência da Ordem dos Médicos francesa por ter violado o código de ética ao promover o uso do antimalárico hidroxicloroquina como tratamento para a covid-19 sem provas da sua eficácia.
À escala mundial, a variante Ómicron, que foi identificada em novembro, é a mais contagiosa de todas as variantes do coronavírus consideradas de preocupação, apresentando mais de 30 mutações genéticas na proteína da espícula, a “chave” que permite ao vírus entrar nas células humanas. Esta variante é já considerada como a que tem a propagação mais rápida da História.