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Google “Cache” – Google vai começar a oferecer contas bancárias

Algumas das maiores empresas de tecnologia do mundo, incluindo a Apple, têm “invadido” o mercado dos serviços bancários. Desta forma, foram apresentados e lançados cartões de crédito e contas correntes dedicadas ao cliente final. O mercado da tecnologia está todo balanceado para este tipo de serviços. Agora é a vez da Google entrar na corrida com Cache!

De acordo com um relatório exclusivo do The Wall Street Journal, a Google vai começar a oferecer contas correntes aos seus milhões de utilizadores.


Google Cache – Contas bancárias pessoais em parceria com Citigroup

Conforme dá a conhecer o WSJ, a Google prepara-se para lançar um serviço de conta-corrente pessoal. Assim, a gigante das pesquisas dá um passo para tentar acompanhar o movimento dos seus grandes rivais tecnológicos.

O projeto, que tem o nome de código Cache, está a ser desenhado em parceria com o Citigroup. Segundo as informações, a empresa irá lançar este produto bancário em 2020.

 

Google com demasiada informação dos utilizadores

Esta revelação vem num momento em que algumas das maiores empresas do mundo estão a desafiar os colossos da indústria bancária. Assim, tal como fez o Facebook, que anunciou estar a trabalhar numa moeda digital, a Libra, como mostrou a Apple que introduziu o seu Apple Card e como se percebeu das intenções da Amazon no diálogo com os bancos, o caminho parece estar traçado.

Apesar das empresas garantirem total privacidade, soam já os alertas. Assim, depois de ser conhecido o Projeto Nightingale, que tem como missão recolher os registos médicos dos utilizadores, aumentam os receios tanto dos consumidores como dos reguladores. Estes dizem que as empresas de tecnologia estão a colecionar demasiada informação sobre os seus consumidores. Sabe-se agora que foram recolhidos dados médicos de pelo menos 50 milhões de americanos.

 

Europa quer fechar aos americanos os dados dos seus cidadãos

Na terça-feira, a chanceler alemã, Angela Merkel, instou a Europa a assumir o controlo dos seus dados. Desta forma, os dados dos cidadãos europeus ficariam longe do acesso das gigantes da tecnologia de Silicon Valley. A ideia é estabelecer  a “soberania digital” em vez de confiar na Amazon, Microsoft e Google.

Muitas empresas acabaram por subcontratar todos os seus dados a empresas dos EUA.

Não estou a dizer que isso seja mau em si mesmo – só quero dizer que os produtos de valor agregado que saem disso, com a ajuda da inteligência artificial, criarão dependências que eu não tenho certeza de que sejam uma coisa boa.

Disse Merkel.

 

A Google não quer ter a responsabilidade da conta

Tenhamos em mente o poder da Google. A título de exemplo, existem 1,4 mil milhões de pessoas a usar regularmente o Gmail. Assim, podemos imaginar este cenário de utilizadores a usar novos serviços bancários da empresa das pesquisas. É sabido que todas as ofertas financeiras das gigantes da tecnologia têm tido problemas.

Vários parceiros saíram da moeda eletrónica Libra do Facebook depois que os reguladores sinalizaram oposição. Por outro lado, o parceiro de cartão de crédito da Apple, Goldman Sachs, foi processado por supostamente oferecer limites de crédito discriminatórios.

De acordo com o Jornal, a Google não está a planear colocar a sua marca no serviço de verificação ou na conta pessoal.

A nossa abordagem será a de uma parceria profunda com o sistema financeiro. Pode ser o caminho um pouco mais longo, mas é mais sustentável.

Disse o executivo do Google Caesar Sengupta

Sengupta disse que o Google não venderia dados financeiros de utilizadores de contas correntes da mesma forma que o Google não partilha dados do seu serviço de rápido crescimento Google Pay com anunciantes.

Mas até onde a Google terá de ir para tranquilizar um público desconfiado? Que garantias poderá dar para que os utilizadores lhe confiem a informação que têm mais íntima, como a saúde e o dinheiro?

São questões legítimas com respostas assombradas pelo passado recente dos “escândalos” ligados à tecnológica.

 

Tecnológicas querem parcerias com bancos para estarem reguladas

Especialistas em tecnologias bancárias referem que estas empresas estão a formar parcerias com os bancos para lidar com questões regulatórias. Se de um lado as tecnológicas querem proteção das regras já definidas pela banca, os bancos pretendem captar mais clientes.

Pelo lado dos consumidores, esclarecem os especialistas, estes esperam cada vez mais o mesmo tipo de experiência dos bancos que obtêm nos serviços da Apple ou do Google, entre outras.

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