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Fraude: Nissan admite que falsificou resultados de emissões poluentes

Depois de todo o escândalo que envolveu a gigante alemã Volkswagen no caso da manipulação das emissões poluentes, agora foi a Nissan que veio admitir que também falsificou resultados de emissões poluentes.

As ações da fabricante nipónica do segmento automóvel estão já a cair quase 5% na bolsa de Tóquio.


Para quem apenas considerava que a fraude ao nível das emissões poluentes era apenas dentro do grupo Volkswagen então desengane-se! Depois da Mercedes, no mês passado ter divulgado a recolha de 774 mil carros a diesel por trazerem software programado de forma a apresentar valores reduzidos de consumo e emissões de gases, eis que surge a Nissan, envolvida num escândalo do género. A Nissan admitiu esta segunda-feira, 9 de julho, que também falsificou os resultados de emissões poluentes dos seus veículos.

A fabricante automóvel não revelou ainda o número de veículos envolvidos na fraude mas sabe-se que aparentemente a manipulação de resultados só aconteceu em veículos feitos no Japão e para o mercado doméstico. Além da manipulação de resultados ao nível das emissões, a empresa refere também que os testes ao consumo de combustível em ambiente laboratorial foram adulterados. As suspeitas de fraude na Nissan remontam a 2017, aquando do escândalo do grupo Volkswagen pelos mesmos motivos.

A empresa garante que “Está em curso uma investigação detalhada sobre o contexto desta má conduta”. Os resultados preliminares de um inquérito já foram entregues ao Governo japonês.

Entretanto as ações da empresa caíram quase 5% para 1.003,5 ienes (77,32 euros). Este é o valor mais baixo registado desde Abril de 2017. Esta revelação pode levar a que este caso se transforma num escândalo idêntico ao do grupo alemão Volkswagen, o popular caso Dieselgate.

Comunicado da Nissan enviado a 9 de julho

Atendendo a que estão a ser difundidas notícias que confundem a desconformidade do método de análise de emissões com os valores reais apurados para essas emissões, a Nissan vem esclarecer o seguinte:

“A Nissan está proactivamente a levar a cabo várias verificações de conformidade de diversos aspectos das suas operações no Japão.

Como parte desta iniciativa, a Nissan descobriu recentemente que algumas fábricas de produção de veículos não estavam a conduzir adequadamente os testes de emissões de partículas e as medições de consumo de combustível, compreendidos no processo de inspecção final do veículo (Kanken).

A empresa implementou de imediato averiguações internas e confirmou que todos os veículos produzidos, com a excepção do GT-R (para o qual as verificações ainda decorrem), cumprem os Standards de Segurança do Japão e que, além disso, a média dos valores medidos para as homologações dos veículos da Nissan garantem as especificações de catálogo anunciadas para as emissões de partículas.

Da mesma forma, a Nissan também verificou todo o histórico de informação e confirma que todos os modelos sujeitos aos testes por amostragem garantem as especificações de consumo de combustível descritas nos catálogos da Nissan, significando isso que não existem erros nos valores de consumo de combustível divulgados pela Nissan.

A Nissan está comprometida em promover o cumprimento e consciencialização em todas as suas áreas operacionais.”

Via Nissan

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