Durante o último ano muito se escreveu sobre as comissões cobradas por alguns bancos sempre que transferências fossem feitas através do serviço MB WAY. O último grande anúncio foi feito por parte da CGD que em janeiro passará a cobrar o valor exorbitante de 88,4 cêntimos por cada transferência através da app.
Mas medidas para travar estas comissões têm que ser criadas, de forma a defender os interesses dos consumidores. Como tal, o fim das comissões associadas ao serviço MB WAY estão a ser já defendidas por partidos com assento parlamentar.
Comissões bancárias exorbitantes
Os portugueses estão a pagar comissões bancárias cada vez mais elevadas. Segundo informação do BdP, entre 2007 e 2019, foram cobrados 8,8 milhões de euros em comissões bancárias por dia. Agora, além destes custos, uma das aplicações que mais cresce neste segmento e que facilita pagamentos e transferências está a ser assombrada pelas comissões impostas pelo banco.
Por norma, estas comissões estão associadas a transferências e só ocorrem dentro da app MB WAY. Caso a transferência seja feita pela app do banco, mas através do serviço MB WAY, em geral, mantém-se gratuito. Além disso, ainda existem alguns bancos que não cobram taxas.
O que defende o Bloco de Esquerda
Hoje, numa conferência de imprensa, o Bloco de Esquerda defendeu o fim destas comissões cobradas através do MB WAY. Contudo, outras propostas foram apresentadas. O objetivo passa assim por combater a cobrança de comissões abusivas que está implementado no sistema financeiro em Portugal.
Mariana Mortágua referiu, relativamente ao serviço MB WAY que “os bancos começaram por habituar os clientes a esta aplicação não cobrando taxas, e agora carregam nas taxas que cobram”. Assim, o incentivo à utilização das novas tecnologias associadas às contas bancárias parece ser desproporcional aos valores cobrados.
Outras propostas do Bloco passam por travar o “incessante e abusivo aumento das comissões bancárias”. Isto passa por colocar um fim às comissões são cobradas sem que nenhum serviço seja prestado. Ou ainda a alteração unilateral das taxas aplicadas a créditos para habitação e consumo.
Por fim, outra das ideias refere-se à criação do acesso universal a uma conta que inclua os serviços bancários considerados básicos a que todos os cidadãos devem ter direito. Isto, claro, com um custo mínimo. Basicamente, uma atualização ao sistema de serviços mínimos bancários que já existe.