O mundo global é cada vez mais influenciado pelas redes sociais onde as culturas se encontram e se fundem e, nesta matéria, o Facebook desempenhou um papel fundamental ao longo dos últimos 10 anos.
Mas hoje, o Facebook é mais do que uma rede social. A empresa de Zuckerberg está a pensar mais além, está a investir tudo aquilo que ganhou ao longo destes anos na tentativa de descobrir e escrever o futuro da tecnologia.
Quando Mark Zuckerberg, ainda em 2003, começou a desenvolver pequenas plataformas destinadas à comunidade universitária de Harvard, estava longe de imaginar que um dia estaria a investir na investigação da mais alta tecnologia.
O que não seria mais do que uma rede para ser utilizada pelos estudantes da Universidade para partilharem as suas informações online, rapidamente se estendeu ao universo norte americano e, logo em seguida, ao resto do mundo.
Por muitas críticas que existam a este tipo de redes sociais, a verdade é que elas revolucionaram as várias formas de comunicar e a forma de fazer dinheiro.
A grande mudança no Facebook deu-se aquando da sua entrada na Bolsa de Valores de Nova Iorque. Foi nesta altura que se começou a perceber o quanto valia efectivamente a comunicação através de uma rede social e todos os pensamentos da empresa foram direccionados para a sua rentabilização.
A publicidade no Feed de Notícias começou nessa altura a disparar, tanto que hoje a rede é mais um meio publicitário e informativo do que de encontro e partilha de amigos. Os jogos integrados na rede foram, e continuam a ser, uma grande fonte de receitas para a empresa. Sem esquecer a Promoção das páginas de fãs para a obtenção de mais seguidores, também este um serviço pago.
A vertente móvel que teve um fraco começo, motivado em grande parte pela inexperiência da empresa, leva hoje à empresa milhares de dólares. Além das aplicações do Facebook, Gestor de Páginas e Messenger, o Facebook desenvolveu aplicações móveis para instalar anúncios.
Mas todas estas estratégias andaram muito à volta da rede social e do seu conceito primordial. Porém, depois de uma subida forte do preço das acções após uma quebra acentuada, Zuckerberg, em Agosto do ano passado, anunciou um novo projecto mais ousado, o Internet.org, com o objectivo de ligar 5 mil milhões de pessoas que não têm acesso à Internet. Logo em seguida foi anunciado o Laboratório de Inteligência Artificial do Facebook no Campus da Universidade de Nova Iorque.
O início deste ano tem sido também ele marcado por importantes decisões na empresa da rede social. Foi o Facebook Paper, um upgrade ao conceito da rede social, a aquisição da WhatsApp, com o grande objectivo de dominar o sector das mensagens móveis, e a recente aquisição da Oculus por 2 mil milhões de dólares.
Há poucos dias assistiu-se ainda à apresentação do Laboratório de Conectividade do Facebook. Este laboratório é o mais recente investimento da empresa de Zuckerberg e vem de encontro à já anunciada pretensão de levar a Internet a toda a gente, nos mais recônditos lugares do planeta, através de drones.
Zuckerberg refere que o caminho que está a seguir é resultado de três metas que definiu para a sua empresa: a primeira, a de ligar o mundo, a segunda, a compreensão do mundo, e por fim, a de construção de economia e conhecimento.
Apesar de aparentemente estas últimas aquisições parecerem não fazer muito sentido face ao conceito de rede social a que o Facebook nos habitou, a verdade, é que há uma visão muito mais além do que a de simples evolução da rede.
O recente percurso do Facebook parece ir de encontro ao que a Google tem vindo a desenvolver. A Google, além dos serviços que todos conhecemos, desenvolve projectos relativos à conectividade (Projecto Loon), tem o Google Glass para a realidade aumentada, o Calico para a longevidade humana, o Deep Mind para a inteligência artificial e muitos outros.
Ambos perceberam que a tecnologia é muito mais do que aquilo a que estamos hoje habituados a ver em desktops e smartphones.
A partir da receita que conseguem com os seus excelentes projectos actuais, estas empresas pretendem pagar aquilo que será o rumo das próximas gerações tecnológicas. A inovação, a invenção e a investigação são o caminho que estão a começar a seguir. E é à descoberta do Futuro que estas empresas caminham.
Via|TC