A França, no passado mês de julho, aprovou uma taxa que tinha como alvo as grandes tecnológicas. Denominada GAFA, ficou igualmente conhecida como taxa Google e, para além do gigante do motor de pesquisa, engloba também a Amazon, Facebook e Apple.
Contudo, durante as negociações do G7, EUA e França chegaram a acordo e o imposto será agora menos penoso para as empresas tecnológicas abrangidas.
A França tem dedicado uma crescente atenção e esforço normativo com o intuito de regular não só as redes sociais, mas também a atividade das principais tecnológicas a operar no seu território. Vemos assim um passado recente de consciencialização do impacto destas gigantes no tecido social e económico da França.
Neste sentido, o senado francês aprovou uma taxa em que as tecnológicas com mais de 750 milhões de euros em receitas globais por ano, bem como 25 milhões de euros gerados em França, estariam sujeitas a pagar o equivalente a 3% das receitas anuais, oriundas da prestação de serviços aos franceses.
Acordo no G7 levou a alterações na taxa Google
O imposto GAFA, que ficou conhecido como taxa Google, foi imediatamente alvo de comentários e preocupações por parte dos EUA. Os norte-americanos abriram uma investigação e estavam já a planear uma resposta a esta taxa gaulesa. Contudo, o G7 trouxe a oportunidade de diálogo e permitiu chegar a um consenso entre as duas potências mundiais.
A cimeira que junta os sete países mais industrializados do mundo, organizada em Biarritz, foi palco para Donald Trump e Emmanuel Macron discutirem o assunto que podia abalar a relação entre os países. O presidente francês já se pronunciou sobre a relação com Donald Trump e os esforços realizados para ultrapassar as dificuldade que estavam perante ambos.
We’ve done a lot a work on the bilateral basis, we have a deal to overcome the difficulties between us.
| Emmanuel Macron
Assim sendo, o presidente da França anunciou esta tarde, em conferência de imprensa, que as empresas tecnológicas abrangidas pelo imposto poderão deduzir o montante assim que um novo acordo internacional seja assinado no próximo ano.