Não é novidade para ninguém que devemos ter cuidado com a luz emitida pelos ecrãs dos mais diversos equipamentos tecnológicos, são eles ecrã de computador, smartphone, tablets, etc.
A luz forte, sobretudo em ambiente nocturno/com pouca luminosidade, afecta significativamente a nossa visão, e interfere igualmente com a nossa actividade cerebral.
Assim, um recente estudo confirma mesmo que ler no iPad ou noutros tablets, antes de dormir tem um forte impacto no nosso sono.
Nos últimos 50 anos têm havido algumas alterações menos positivas no nosso sono ao nível da duração e qualidade, que provocam consequências na nossa saúde no geral.
Como forma de estudar mais profundamente esta problemática, foi realizado recentemente um estudo desenvolvido pela PNAS, através de uma amostra de 1.508 americanos adultos que indicou que 90% dos americanos utilizam algum tipo de equipamentos electrónicos durante a noite pelo menos 1h antes de se deitarem.
Os resultados deste estudo demonstram que lermos no iPad ou noutros tablets antes de dormirmos, afecta negativamente o nosso sono e é pior para o mesmo que lermos um livro em papel com luz fraca.
Segundo o estudo…
- Ao usarem o tablet durante a noite, as pessoas produzem menos 55% de melatonina (regulador de sono)
- Após desligarem as luzes e o tablet, as pessoas demoram cerca de 10 minutos para adormecer
- Após adormecerem, a duração do sono REM (Rapid Eye Movement – fase do sono onde ocorrem os sonhos) é menor durante a noite
- Pela manhã, os utilizadores costumam estar mais sonolentos, demorando mais a ficarem alerta. Pelo contrário, quem lê livros em papel tende a sentir-se alerta mal acorda.
- Na próxima noite, os leitores de tablet tendem a ter o seu ciclo circadiano com um delay de mais de 90 minutos, sendo que o corpo começa a ficar cansado cerca de uma hora e meia depois do normal. Esta situação deve-se ao facto de terem estado expostas à luz do tablet que promove o estado de alerta.
Cada participante foi testado tanto com o tablet como com livros. A leitura em livros de papel revelou não suprimir a melatonina nem causou tanta sonolência no dia a seguir.
O estudo decorreu durante 5 dias, tendo sido conduzido por Anne-Marie Chang, Daniel Aeschbach, Jeanne F. Duffy e Charles A. Czeisler do Hospital Brigham and Woman – escola de ensino pertencente à Harvard Medical School.
Depois destas conclusões, diga-nos lá: Utiliza iPad ou outro equipamento electrónico antes de dormir? Sente alterações no seu sono?