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Elétricos chineses levam as marcas de VE a criar carros mais baratos

A tendência atual é a migração para os automóveis movidos a eletricidade (VE), mas um dos obstáculos desta transição são os preços ainda elevados de vários modelos. No entanto, o receio do domínio do mercado por parte dos carros elétricos chineses está a levar as fabricantes a pensar em elétricos a preços mais baratos.


Medo dos elétricos chineses promove o fabrico de VE mais baratos

Embora a maior parte dos automóveis que circulem nas estradas ainda sejam os tradicionais a combustão, aos poucos os elétricos estão a ganhar terreno. Mas o preço elevado ainda continua a ser uma desvantagem que afasta a compra por um maior número de condutores. Contudo, tal cenário poderá reverter num futuro próximo.

Neste sentido, de acordo com a Reuters, o aumento dos veículos elétricos chineses mais baratos está a aumentar a pressão sobre as montadoras para o desenvolvimento e produção de VE a preços também mais acessíveis. Isto porque estas marcas já começaram a recorrer a vários fornecedores, desde as fabricantes de materiais para baterias até às fabricantes de chips, como forma de conseguirem reduzir os custos inerentes ao desenvolvimento de carros elétricos, tornando-os então mais baratos.

Segundo Andy Palmer, presidente da startup britânica Brill Power, empresa que criou hardware e software para promover a gestão e desempenho do sistema de baterias dos carros elétricos, “agora, as montadoras estão apenas a recorrer aos veículos acessíveis, e sabem que precisam fazê-lo ou vão perder para as fabricantes chinesas“.

O executivo, que já foi CEO da Aston Martin, disse ainda que os produtos da Brill Power poderiam aumentar o alcance dos veículos elétricos em 60% e permitir ainda a inclusão de baterias menores. Estas mudanças podem então ser fundamentais, uma vez que a bateria é atualmente o componente mais caro de um elétrico.

A Reuters indica algumas mudanças já feitas por algumas marcas, como a Renault que em novembro disse ter planos para reduzir os custos dos seus elétricos em 40% e a Stellantis que está a construir uma fábrica europeia com a chinesa CATL para conseguir baterias LFP mais baratas.

Várias marcas já começaram a lançar modelos até 30.000 euros e recentemente o CEO da Volkswagen disse acreditar que haverá carros elétricos de 20.000 até à segunda metade da década.

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