Edward Snowden é uma figura icónica na luta pela liberdade, segurança e privacidade online. As suas denúncias foram importantíssimas para sabermos como o nosso mundo digital funciona. Agora, explicou em vídeo como os governos usam os smartphones em espionagem.
Recorrendo às operadoras de telecomunicações e a serviços online que guardam os nossos dados, as possibilidades são infinitas!
Os smartphones são um meio muito importante para governos, empresas de tecnologia e demais entidades espiarem os cidadãos ou utilizadores… Esta premissa é de senso comum, mas como tal acontece?
Edward Snowden, antigo administrador de sistema da NSA, detalhou tudo isto e muito mais no podcast Joe Rogan Experience. O denunciante, que em 2013 mostrou ao mundo muitos dos segredos das agências de inteligência, partilhou muitos dos meios usados para este fim.
Snowden ressalvou que os smartphones são, hoje em dia, um dos objetos preferidos das agências e empresas devido à agregação de informação que contêm. Hoje em dia fazemos quase tudo nos nossos smartphones e isso torna-os apetitivos para espiarem as nossas ações.
O denunciante destacou que as operadoras são capazes de localizar todos os telemóveis. Através de triangulação nas torres de telecomunicações, podem saber onde está a qualquer momento. Deste modo, os movimentos do smartphone são os movimentos do próprio utilizador… Assim sendo, é possível criar perfis de localização, deslocações e de todo o tipo de variáveis.
O que isso significa é que sempre que usa um telemóvel, sempre que o telemóvel é ligado, há um registo da sua presença no local que é criado pelas empresas. Estes dados não têm de ser mantidos para sempre e, de facto, não há um bom argumento para que tal aconteça… Contudo, estas empresas veem isso como informação valiosa.
Para além dos dados adquiridos pelas empresas de telecomunicações, há mais em jogo… Especialmente nos serviços que usamos diariamente na Internet! Com as diversas permissões que estes têm nos nossos dispositivos, conseguem adquirir ainda mais informações que posteriormente podem vender ou usar para controlar o utilizador.
Tal tornou-se bastante evidente com o caso da Cambridge Analytica, que envolveu o Facebook.