O dia de hoje ficará certamente marcado na história da pandemia por COVID-19. A vacina da Pfizer foi administrada à primeira pessoa no mundo. De relembrar que a vacina da Pfizer/BioNTech foi aprovada no Reino Unido.
Especialistas da agência norte-americana do medicamento consideram que a vacina da Pfizer e BioNTech não apresenta riscos de segurança que impeçam a autorização, o que poderá ocorrer no final da semana.
COVID-19: Vacina da Pfizer/BioNTech tem “perfil de segurança favorável” – FDA
Os dados de segurança relativos a 38.000 participantes no ensaio clínico da vacina para a COVID-19, que tiveram um acompanhamento clínico médio de dois meses, “sugerem um perfil de segurança favorável”, já que não foi identificado um problema específico de segurança que impeça a autorização de emergência, escrevem especialistas da FDA (Administração de Medicamentos e Alimentos dos Estados Unidos) num relatório divulgado dois dias antes de uma reunião pública do comité consultivo de vacinas da agência, revela a Lusa.
Os efeitos colaterais mais comuns da vacina registados nos 43.252 participantes, incluindo crianças e adolescentes com 12 anos ou mais, foram os seguintes:
- Reação tópica junto ao local de imunização (braço) (84,1%)
- Fadiga (62,9%)
- Dor de cabeça (55,1%)
- Dores no corpo (38,3%)
- Calafrios (31,9%)
- Dores nas articulações (23,6%)
- Febre (14,2%).
Reações graves ocorreram apenas em zero a 4,6% dos participantes e foram menos comuns em pessoas com mais de 55 anos (2,8%) do que em jovens (4,6%). No que respeita ao grau de eficácia da vacina, a agência norte-americana estima-a em 95%, tal como anunciado pela Pfizer e BioNTech.
Este novo relatório dá destaque a um elemento novo no que toca à eficácia da vacina para a COVID-19, sugerindo que esta não é apenas eficaz para formas graves de infeção pelo novo coronavírus, após as duas inoculações, como também o é na prevenção da doença após a toma da primeira dose.
O estudo demonstra também eficácia nas pessoas que tinham sido infetadas antes pelo novo coronavírus. O estudo sublinha, porém, que estas não podem ser tomadas ainda como “conclusões definitivas”.