O cibercrime tem estado na ordem do dia e não é por ser um tema que mexe com as consciências, não, nestes últimos tempos as vagas de ataques têm sido anormais e não poupam serviços cloud, serviços ATM, cadeias de restauração ou empresas de tecnologia. Tudo o que mexe tem sido alvo e não há quem consiga fazer parar estes ataques.
Estão a aumentar, estão a contribuir para uma descredibilização dos serviços, estão a contribuir para prejuízos tremendos e tudo isso está já numa escala que está a deixar a unidade de combate ao ciberterrorismo do FBI com muitas preocupações.
Já não é a primeira vez que o FBI se preocupa com questões relacionadas com as TI. Em Setembro, como avançado pelo Pplware, o FBI mostrou a sua preocupação com a encriptação usada nos dispositivos móveis mais recentes. O que andará a preocupar estas autoridades neste momento?
China, esta é a principal preocupação do FBI neste momento. Segundo um comunicado emitido esta quarta-feira, o FBI alerta todas as empresas e organizações nos Estados Unidos da América para ciberataques que podem estar a acontecer actualmente e que podem vir de pessoas ligadas ao governo chinês.
Nesse mesmo comunicado, o FBI fornece a todas as empresas e organizações informações úteis para que estas entidades possam verificar se os seus sistemas foram comprometidos. Além disso também são apresentadas várias medidas que podem ser utilizadas para mitigar estas ameaças.
O FBI tem observado recentemente invasões online que atribuímos a cibercriminosos com ligações ao governo chinês. As empresas de segurança privada do sector também identificaram invasões semelhantes e disponibilizaram informação para que possa defender-se destes ataques.
O governo norte-americano pediu mais cooperação por parte do governo chinês. Em resposta a este pedido o governo chinês afirma que não está a coordenar qualquer tipo de ataques contra empresas ou organizações, afirmando ainda que também tem sido vítima deste tipo de ataques nos últimos meses.
Para tentar que estes ataques tenham consequências ainda mais graves, nesta terça-feira várias empresas de segurança anunciaram que estão a trabalhar em conjunto para que seja possível detectar ferramentas de hacking utilizadas por cibercriminosos com sede na China. Esta força conjunta é composta por empresas como a Cisco, FireEye, F-Secure, iSIGHT Partners, Microsoft, Tenable, ThreatConnect, ThreatTrack Seciurity, Volexity, Novetta e Symantec.
Este conjunto de empresas tem como objectivo parar cibercriminosos com ligações directas à Operation Aurora, grupo chinês que em 2009 atacou 20 empresas, incluindo a Google.
Já não é novo que alguns governos em algumas partes do mundo utilizam cibercriminosos para obter informações importantes e estratégicas sobres outros governos e até mesmo sobre empresas ou organizações, mas será esta uma ameaça a ter em conta?
Por Hugo Sousa para PPLWARE.COM