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China quer proibir venda de carros movidos a combustíveis fósseis

A China é um dos maiores mercados do mundo e um país importante para as decisões estruturantes do planeta, temos visto essa importância a crescer à medida que o próprio país se torna mais fornecedor do resto do mundo. Não estando alheio à tendência mundial sobre o futuro próximo da indústria automóvel, a superpotência mundial quer ser ela própria um exemplo.

Segundo informações veiculadas na imprensa internacional, a China está prestes a dar um grande empurrão aos veículos elétricos. O país planeia acabar com a venda de veículos movidos a combustíveis fósseis e para isso prepara já um cronograma.


A China tem o maior mercado de automóveis do mundo, com 28,03 milhões de veículos vendidos no ano passado e com um aumento na procura de 13,7% em relação ao número de vendas de 2015. A nação já fez muito para incentivar os fabricantes a desenvolver e vender novos veículos elétricos, incluindo permitir que os fabricantes estrangeiros criassem uma terceira joint venture com os fabricantes locais (um requisito chave para fazer negócios no país para fabricantes OEMs), desde que fosse dedicada exclusivamente a fabricar veículos elétricos.

A segunda maior economia do mundo, que prometeu reduzir as suas emissões de carbono em 2030, reduzindo um dos piores poluentes do ar, é a mais recente a juntar-se a países como o Reino Unido e a França, que procuram eliminar os veículos movidos a gasolina e diesel. A proibição iminente de automóveis de motores de combustão exigirá que os fabricantes locais e globais se concentrem na introdução de mais carros elétricos de emissão zero para ajudar a limpar as principais cidades castigadas pela poluição atmosférica.

 

China em 2040 poderá ter um ar mais “limpo”

O governo também criou uma série de programas de incentivo para OEMs, incluindo subsídios. Estas iniciativas visam aumentar e impulsionar as vendas dos elétricos na China, deixando, contudo, os fabricantes de veículos movidos a combustível fóssil numa posição desfavorável.

Esta não é a primeira vez que um órgão de governo disse que acabaria por eliminar a venda de veículos de combustível tradicionais, aliás, cada vez há mais países onde a atitude é delimitar primeiro certos centros urbanos a veículos mais antigos, depois a veículos a diesel com certas características, chegando a um certo “compromisso final”. Um exemplo é a França e o Reino Unido que afirmaram ter o ano de 2040 como o limite de vendas de carros de combustíveis fósseis.

 

Mercado de oportunidade para grandes e “pequenos”

A Tesla referiu, no passado mês de junho, que está a trabalhar com o governo de Xangai para explorar a possibilidade do fabrico local, uma medida que lhe permitiria alcançar economias de escala e reduzir os custos de fabrico, mão-de-obra e transporte.

O empresário do Internet William Li Nio começará a vender o ES8 em meados de dezembro. Este é um veículo utilitário desportivo alimentado apenas por baterias. Esta startup está a trabalhar com o grupo estatal Anhui Jianghuai Automobile Group, que também tem uma parceria com a Volkswagen AG para introduzir um SUV elétrico no próximo ano.

 

Uma gota num grande oceano

Em abril passado muitos foram os novos produtos que chegaram ao mercado dos elétricos na China, contudo, segundo os dados divulgados pela Bloomberg, tudo o que existe é tão-somente 0,04% dos 2,1 milhões de veículos vendidos no total na China, durante os sete meses deste ano.

Estes números mostram a dimensão do mercado e o esforço que terá de ser feito. Poderá mesmo dar-nos uma ideia de como o ano 2040, sugerido por outros países, não será assim tão longínquo e dilatado no cronograma que a China prepara para retirar das suas estradas os veículos movidos a combustível fóssil.

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