A criptomoeda é um meio de troca que se tornou numa opção bastante aliciante de investimento e que está já a fazer sombra ao sistema bancário tradicional. Isto é, cada vez há mais transações e pagamentos permitidos através das moedas criptográficas. Um dos trunfos desta moeda é a sua valorização constante o que tem aliciado cada vez mais pessoas.
Contudo, o CEO da Kraken, um importante banco de criptomoeda, diz que poderemos assistir, em breve, a uma repressão sobre as criptomoedas.
A hegemonia da criptomoeda
Assistimos a um claro crescimento da moeda criptográfica, existindo já várias opções. Por ser um meio de transações descentralizado, abre a porta a muitas ilegalidades.
Aliás, responsáveis de vários órgãos oficias, como Janet Yellen, secretária do U.S. Department of the Treasury, e Christine Lagarde, presidente do Banco Central Europeu, alertaram para a utilização de criptomoedas para branqueamento de capitais, financiamento de terrorismo, além de outras atividades ilegais.
À CNBC, Jesse Powell, o CEO do banco de criptomoeda Kraken, disse que “pode haver alguma repressão”.
Ultimamente, as moedas criptográficas têm aumentado o seu valor, tendo a Bitcoin atingido um número recorde de mais de 61.000 dólares, no mês passado.
Por sua vez, a Kraken é a quarta maior central de conversão de moeda digital do mundo, relativamente ao volume das transações. Por isso, a empresa está até a ponderar a possibilidade de abrir ao público através de uma cotação direta, semelhante à Coinbase, no próximo ano.
A Coinbase vai ser tornada pública na quarta-feira e poderá vir a ser avalizada em até 100 mil milhões de dólares. Este valor é superior ao dos principais operadores de plataformas de negociação, como a Intercontinental Exchange, proprietária da Bolsa de Valores de Nova Iorque.
O medo dos governos poderá levar a uma repressão da moeda
O CEO da Kraken pensa que a incerteza regulamentar em torno da criptomoeda não vai desaparecer tão cedo. Aliás, uma norma recentemente aplicada nos EUA para prevenir o branqueamento de capitais dita que as pessoas que possuam as suas criptomoedas numa carteira digital privada sejam submetidas a verificações de identidade. Isto, apenas se efetuarem transações de valor igual ou superior a 3.000 dólares.
Além disso, o CEO adverte que os governos estão alertas e podem começar a restringir a utilização de criptomoedas, na medida em que os governos podem ver o sistema como algo superior à sua própria moeda.
Embora a moeda criptográfica seja frequentemente associada a atividade ilícitas, por todo o anonimato envolvido, há sinais que mostram que a utilização de criptomoeda para fins ilegais está a diminuir. Aliás, a atividade ilícita representou apenas 0,34% de todo o volume de transações criptográficas no ano passado.
Espero que os reguladores americanos e internacionais não tenham uma visão demasiado estreita sobre isto. Alguns outros países, especialmente a China, estão a levar a criptomoeda muito a sério e a ter uma visão a muito longo prazo.
Disse Powell.