Há muitos anos que ouvimos falar no problema da destruição da camada de ozono. Esta redução periódica da concentração de ozono estratosférico sobre os pólos é aquela a que chamamos de buraco na camada de ozono que tem ocorrido de forma preocupante desde os anos 80 devido à libertação de gases que, ao ligar-se com oxigénio, destroem as moléculas de ozono.
Os sinais de que o buraco na camada de ozono estava a diminuir eram evidentes, mas agora a NASA registou valores incríveis. O seu tamanho diminuiu para valores inferiores aos registados em Setembro de 1988.
Um problema que está a ser minimizado
A camada de ozono da Terra é uma região da estratosfera terrestre que concentra altas quantidades de ozono. Esta fica localizada entre 15 e 35 quilómetros de altitude, com cerca de 10 km de espessura e serve, basicamente, como um escudo protetor do planeta, absorvendo uma parte importante da radiação ultravioleta que atinge a atmosfera da Terra.
A concentração de ozono estratosférico criou aquilo a que se chama de buraco na camada de ozono colocando em causa o seu papel protetor. Mas hoje o buraco da camada de ozono está com uma dimensão menor que aquela que tinha em setembro de 1988.
Não só os esforços a nível mundial, resultantes do tratado internacional assinado a 1987 (Montreal Protocol on Substances that Deplete the Ozone Layer), mas também causas naturais, foram cruciais para esta diminuição agora registada.
A explicação principal para tal redução, durante este ano, deve-se essencialmente a uma massa de ar quente instável sobre a zona do Antártico que minimizou a formação de nuvens na baixa atmosfera, responsáveis pelas reações químicas que destroem o ozono.
Estas medições são feitas com recurso a satélites, balões meteorológicos e instrumentos no solo, desde 1985 pela NASA e para National Oceanic and Atmospheric Administration.