O segmento das baterias é atualmente uma das áreas onde mais investigação se faz. A indústria procura alternativas viáveis para as tradicionais baterias de iões de lítio (Li-ion), que são amplamente usadas em dispositivos electrónicos, onde se incluem os smartphones, tablets, etc.
Agora, o criador das baterias de iões de lítio, em colaboração com uma investigadora portuguesa, diz ter criado uma alternativa bem melhor.
Para quem não sabe, John B. Goodenough foi o grande inventor das baterias de iões de lítio. Com 95 anos, o professor da Universidade do Texas, em colaboração com a sua equipa, criou uma alternativa (real) às tradicionais baterias. Estas novas baterias garantem uma maior autonomia (cerca de 3x), permitem fast-charging, não são combustíveis o que garante uma maior segurança ao nível dos incêndios e explosões.
Esta alternativa define-se como sendo uma bateria no estado sólido, que utiliza electrólitos cristalizados que permitem o uso de um ânodo alcalino-metálico.
As baterias tradicionais têm um ânodo, um eléctrodo através do qual a carga elétrica positiva flui para o interior de um dispositivo elétrico polarizado. Têm também um cátodo, que faz com que a corrente (convencional) flua de forma inversa, ou seja, para o exterior do dispositivo.
A alteração de um eletrólito líquido por um sólido evita, por exemplo, que se criem dendrites (um estilo de filamentos de lítio) que são commumente encontrados em baterias recarregáveis de lítio e que se acumulam ao longo do tempo, levando à deterioração da bateria e também a que haja curto circuitos.
As vantagens não se ficam por aqui. De acordo com o comunicado, esta nova bateria em estado sólido é também mais económica e pode operar em ambientes com temperaturas entre os -20 e os 60 graus Celsius.
Additionally, because the solid-glass electrolytes can operate, or have high conductivity, at -20 degrees Celsius, this type of battery in a car could perform well in subzero degree weather. This is the first all-solid-state battery cell that can operate under 60 degree Celsius.
Bateria tem Know how português…
Esta investigação está a ter grande destaque à escala mundial. Curiosamente um dos elementos que fazem parte da equipa de Goodenough é a portuguesa Maria Helena Braga. De acordo com as informações, a investigadora começou a sua investigação na Universidade do Porto e há cerca de dois anos começou a trabalhar com Goodenough e com o investigador Andrew J. Murchison. No entanto, segundo o comunicado, esta nova tecnologia que tem como base etrólitos sólidos em vidro parece ter mesmo nascido na Universidade do Porto e depois apenas evoluída.