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Apple Watch salva vida de utilizador com úlcera perfurada

O Apple Watch continua a ser bem sucedido não apenas por ajudar os utilizadores a perceber sinais vitais como também pode ser usado na vertente fitness. Recentemente, o relógio da Apple salvou a vida a William Monzidelis, que quase morreu de uma úlcera em erupção no início deste mês.

Vistas como doenças comuns, as úlceras no estômago e no duodeno podem, na verdade, trazer sérios riscos para a saúde, podendo, até mesmo, levar à morte por sangramentos excessivos e perfurações desses órgãos.


Apple Watch é muito mais que um relógio

William Monzidelis tem 32 anos e no início de abril estava no seu local de trabalho e começou a sentir-se mal disposto, com tonturas. O homem foi ao WC e pouco depois começou a sangrar. Nessa altura o seu Apple Watch disparou um alerta dando conta que a sua frequência cardíaca estava num nível alarmante. O dispositivo recomendava que Monzidelis procurasse atendimento médico.

O homem pediu à mãe que o levasse para o hospital e no caminho, Monzidelis perdeu por momentos a consciência. O caso tornou-se mais alarmante dado que começou a sangrar bastante pela boca e pelo reto, “perdendo 80% do sangue”. Devido à severa perda de sangue, o homem teve de receber uma transfusão de sangue de emergência antes de ser levado com urgência para a cirurgia.

Os médicos que trataram de Monzidelis referiram que acreditam que o Apple Watch salvou-lhe a vida. Se não fosse o alerta do Apple Watch provavelmente ignoraria os seus sintomas e não receberia tratamento médico a tempo. Monzidelis, que mora em Nova York e trabalha num negócio de família (numa pista de bowling) considerava-se de boa saúde, não havendo qualquer indício para que tal cenário pudesse acontecer e concordou que foi o alarme causado pelo smartwatch que o levou a procurar ajuda médica imediata.

Eu estaria a trabalhar no meu escritório e eles ter-me-iam encontrado morto.

Concluiu o homem sobre a possibilidade de não ter dado a devida atenção no momento certo.

 

Apple Heart Study

Não está claro se os sintomas do Monzidelis foram descobertos pela aplicação Heart Study da Apple, ou se foi a app nativa do watchOS ou se foi outra aplicação de terceiros de monitorização da frequência cardíaca do dispositivo (como por exemplo o HeartWatch).

O Apple Heart Study não está disponível na App Store de Portugal, está sim nos Estados Unidos e é uma app gratuita que foi lançada em parceria entre a Apple e a Universidade de Stanford, Palo Alto, Califórnia. O projeto visa investigar a capacidade do Apple Watch para detectar ritmos cardíacos irregulares. Alternativamente, a Apple fornece um recurso padrão capaz de detectar batimentos cardíacos elevados, uma resposta fisiológica, por vezes, relacionada a doenças potencialmente fatais.

O Apple Watch tem já tem uma longa história de alertar aos utilizadores para situações potencialmente fatais de saúde. Ainda ontem, a Apple Watch recebeu o crédito por salvar uma mulher de 18 anos da Flórida que sofria de doença renal não diagnosticada.

Além das funções de monitorização de integridade, o Apple Watch também possui ferramentas de comunicação que podem ajudar a salvar vidas. No ano passado, uma mulher usou o recurso SOS Emergência do dispositivo para chamar o socorro, depois de um condutor embriagado ter batido contra o seu carro.

 

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