Alguns tipos de licenças de software
Por João Nascimento para o PPLWARE
Quem de nós, neste mundo cada vez mais tecnológico, nunca fez o download de um qualquer software para uma necessidade especifica do nosso dia – a – dia. Seja de maneira dita “limpa”, seja de maneira dita “suja”. Refiro-me aos utilizadores que possuem a respectiva licença do software ou se simplesmente passam “por cima” da mesma e obtêm o software através de um download ilegal com a respectiva “vacina”.
O que alguns não sabem ou não ligam é às licenças de software. Uma licença de software é a definição de autorização ou restrição de determinadas acções, sobre os direitos de autor do programador que cria o software, concedidas ou impostas aos utilizadores do mesmo.
São muitos os tipos de licença que existem hoje em dia e o intuito deste artigo é esse mesmo, que fiquem de um modo geral a saber quais são e o que se pode ou fazer com eles. Não vou entrar em grandes pormenores apenas algumas considerações básicas.
Software proprietário
Neste tipo de licença, toda a cópia, redistribuição (o termo “passar a alguém”), ou modificação são estritamente proibidas, o que pode levar a processos judiciais. Para contornar as restrições anteriormente referidas, deve-se contactar o criador para que este dê permissão para o fazer, ou então adquirir uma licença para cada um dos casos anteriormente descritos.
Neste tipo de licença, encontramos vinculados alguns dos mais conhecidos programas mundiais, caso do Windows, Adobe Photoshop, Adobe Dreamweaver, Adobe Flash, Mac OS, entre outros…
GNU General Public License (GPL)
O GPL é a licença com maior utilização por parte de projectos de software livre, em grande parte pela sua utilização no mundo Linux.
3 grandes restrições que gerem e protegem o software com licença GPL:
- Software livre pode ser distribuído e comercializado por qualquer pessoa, mas o distribuidor tem de avisar o receptor acerca dos termos GPL
- Qualquer pacote de software derivado de software protegido pela GPL, também tem de estar abrangido pela GPL
- Código fonte de todo o software protegido pela GPL tem de estar acessível publicamente
Software livre
O conceito “Software Livre” refere-se a qualquer programa que pode ser usado, copiado, estudado, modificado e redistribuído sem nenhuma restrição. Este conceito opõe-se ao conceito de “software proprietário”, mas não ao termo de “software comercial”. Este tipo de licença, como o próprio nome dá a entender, baseia-se em quatro liberdades:
- Liberdade de executar o programa, para qualquer propósito;
- Liberdade de estudar como o programa funciona e adaptá-lo para as suas necessidades. Para tal o acesso ao código – fonte é necessário.
- Liberdade de redistribuir cópias de modo que você possa ajudar ao seu próximo.
- Liberdade de aperfeiçoar o programa, e libertar os seus aperfeiçoamentos, para que deste modo, toda a comunidade se beneficie deles. Para tal o acesso ao código – fonte é necessário.
Código aberto
Normalmente, gosto mais de utilizar o termo em inglês “open source” e refere-se ao mesmo software chamado de software livre, ou seja aquele que respeita as quatro liberdades anteriormente referidas. A única diferença entre os dois está no discurso. Enquanto o termo “software livre” é usado em questões éticas, direitos e liberdade, o termo “código aberto” é utilizado para discursar sobre o ponto de vista puramente técnico, sem que leve a conflitos de questões éticas.
Software comercial
Software desenvolvido por uma empresa com fins lucrativos com a sua utilização. É de referir que “comercial” e “proprietário” não são o mesmo, pois, a maioria do software comercial é software proprietário mas existe software livre que é comercial, e existe software não-livre e não-comercial (software proprietário que não esta a venda por nenhum preço, apenas existem limitações a nível de modificação do mesmo).
Software gratuito (freeware)
Mais conhecido por freeware é qualquer programa cuja utilização não implica o pagamento de licenças para a sua utilização.
Mas não se enganem que para este tipo de licença que não é necessário o contrato de licenciamento para a sua utilização. Normalmente, ao instalar um software deste tipo, o utilizador deverá concordar com o seu contrato de licenciamento que normalmente acompanha o programa, pois neste podem estar restrições como sendo freeware de uso pessoal, académico, militar e governamental. Pois, não é por ser freeware que ele pode ser utilizado por qualquer um.
Normalmente os programas deste tipo não apresentam o seu código fonte, apenas apresenta o executável. Programas do tipo adware não são considerados gratuitos, mesmo que não seja necessário pagar, pois tem sempre um custo a pagar, nem que seja visualizar a publicidade quer seja o reencaminhado para páginas web, entre outras.
Um exemplo de software gratuito é o Adobe Reader um dos mais populares leitores de fciheiros em formato PDF.
Conclusões
Se me perguntarem: “Mas nos conseguimos arranjar opções equivalentes com software não pago para software pago?”, eu digo que sim, e penso fazer um guia com algumas aplicações que podem facilmente substituir.
Agora pensem mesmo se será mais fácil andar com cracks daqui para ali, ou se será mais fácil uma simples pesquisa no Google em busca de uma aplicação gratuita com funcionalidades idênticas.
Este artigo tem mais de um ano
Muito boa explicação, é sempre bom sabermos destas coisas!
muito bom
Obrigado por divulgarem.
Este espaço também é dos nossos leitores 🙂
Os meus parabens para um resumo excelente sobre algumas licensas de software!
Fiquem Bem!
Parabéns! 🙂 Foi um bom esclarecimento
“Agora pensem mesmo se será mais fácil andar com cracks daqui para ali, ou se será mais fácil uma simples pesquisa no Google em busca de uma aplicação gratuita com funcionalidades idênticas.”
O gosto está no arranjar cracks, serials, keygens, e enganar o proprietário. :p
…ou não fôssemos portugas”.
“Código fonte de todo o software protegido pela GPL tem de estar acessível publicamente”
Só uma correcção, o código só tem de estar disponível a quem ficar com o software cobrido por essa licença. Não necessita de estar em domínio público.
Desculpa não é «cobrido por essa licença» mas sim «coberto por essa licença»
isso 🙂
Suou-me mal, mas como escrevi à pressa nem pensei como era correctamente. Obrigado.
Suou-te? Ou seja, transpiraste?
lol
mal ? ou seja, mau?
e betaware? eu sei o que é, mas de forma de explicar já não sei…(lol myself), podiam acrescentar na lista
it’s just a idea, u don’t need do it
it’s just aN idea
Erro:
“e o que se pode ou fazer com eles.”
De resto está um artigo interessante !
O post está impecável, mui bien. Pena ser um rascunho para os advogados da Google.
muY bien
Parabéns pelo artigo. É um excelente esclarecimento à comunidade.
Excelente artigo!!!
Construtivo e esclarecedor.
Falta a licença BSD que é extremamente mais liberal que a GPL e que se aproxima mais do domínio público.
Bom post 🙂
Excelente artigo, muito bom para esclarecer algumas dúvidas!
Obrigado a todos.
Esclarecedor.
Gostei imenso!
Muito bom artigo sim sr. …
Por vezes penso que é mais a perguiça que leva a que as pessoas utilizem software pirata em vez de software free ou open source com as mesmas ou identicas funções, uma delas por ex. é o photoshop que pode ser substituido por outros programas de edição, ou o open office pelo office da microsoft.
Muitos leigos instalam cracks e patches sem sequer pensarem nos riscos que podem a estar a correr em segundo plano, por vezes vale a pena usar o google e perder 5 min. que por a nossa info. em risco.
Aguardo a lista que referiste, e não te esquecas de acrescentar o + importante Windows/MacOS —> Linux 🙂
cumps
E desde quando há alum programa ao mesmo nivel do photoshop?
E comparar o open office(ou libre office) ao MS office não faz sentido, neste campo a Microsoft está bem melhor!
Muito simples, ha muita gente que instala o photoshop so para fazer umas alteraçõeszitas ou montagens numa imagem ou ate mesmo só para adicionar efeitos, ai existem muitas outras ofertas gratis, vai ao google e procura, o mesmo me refiro ao office, se quizeres um programa so para abrir, editar e imprimir pq gastar rios de dinheiro com o Office da M$?
Nunca ninguem disse que o software pago de altas empresas é substituivel a 100% pelo free…
Mais uma vez discordo , o libre office pode estar num patamar abaixo do MS office mas pela diferença de preços acho que compensa. Quanto a não haver comparação grátis ao photoshop tenho que discordar , muitas das novidades nas novas versões do photoshop são ferramentas já muito utilizadas no GIMP lembro-me do caso de no ano passado a adobe lançar um video promocional a uma nova ferramenta que permitia remover objectos de uma fotografia e o próprio programa simulava o fundo , tudo muito bonito mas essa ferramenta já existia no GIMP há um bom tempo. Por fim deixo aqui o user-manual do Gimp onde podes ver algumas das funcionalidades que o programa já inclui : http://docs.gimp.org/2.6/en/
Cumprimentos, Manuel Coutinho
O office da microfot tem tantos recursos que ninguém os consegue usar a todos. Isso é o mesmo que ter um carro que consegue andar a 200 km/h em estradas onde o limite de velocidade é 100 ou 120 km/h.
A lista será feita assim que regressar de férias, mas já tenho amigos a dar sugestões quem quiser ajudar, envie para jopemina.inf@gmail.com as suas sugestões.
Outra coisa, uma das coisas que mais li ao arranjar referencias para o artigo foi que muitas pessoas não usam open source e freeware pois não teem documentação necessaria, o que é um autentica asneira dizerem isso, pois existem comunidades na maioria das vezes e muitas vezes só isso basta.
e não te esquecas de acrescentar o + importante Windows/MacOS —> Linux
linux, não se compara nem de perto nem de longe ao windows/macos….
é precisamente por serem coisas diferentes, correrem coisas diferentes, de forma diferente, que são Sistemas operativos diferentes….
não creio que alguma vez o linux grátis! vá ser 1 alternativa a um windows ou macOS
considerando eu uma alternativa, algo que faça a mm coisa da mm maneira!
Porque dizes isso? Será que não se compara?
Ai não? então pq há cada vez mais adesões ao Linux? Principalmente nos servidores web? Se vires bem a evolução do linux nos ultimos anos, talvez isso te diga alguma coisa…
Ya…. Tem mais adesão e desde quando é que isso é sinónimo de ser um sistema operativo capaz de competir com os pagos nas suas funções e faculdades?
Grande parvoíce , o linux faz tudo o que o windows/Mac OS faz com a vantagem de ser grátis e não precisar de um super-pc de 1000 euros. Para não falar que qualquer uma das distribuições do linux é mais estável que um windows.
Cumprimentos , Manuel Coutinho
Steam, adobe Photoshop, illustrator, premium, catalyst. Dreamweaver….
Va la serio??? Linux faz mesmo tudo o que os outros fazem??
Nem te peco para seres sincero comigo e com os leitores.., mas pelo menos sê-o contigo próprio
Diz-me algo que não consigas fazer no windows que consigas fazer com esses programas. A nivel de jogos já é mais complicado mas actualmente o linux é compatível com quase tudo o que é de windows.
Fazer no linux*
Mais um que pensa que os computadores têm todos de ter janelas e icones com fundos todos bonitos … Servidores é linux pah! (a menos q queiras usar .net…)
E jovem, dada à minha experiência estou cada vez mais inclinado para saltar para o linux. So pelo SO ser mais leve, consigo ter mais rendimento no desenvolvimento de apps
Nunca foi uma questão de jjanelas, mas tudo bem…, Linux nao é de perto nem de longe um sistema com a melhor performace a partir do momento em que, para ser ser utilizador de lunix, tem de ser dar ao trabalho de o instalar, depois o utilizador tem de se dar ao trabalho mínimo de instalar as drivers q conseguir encontrar… E se tudo correr bem, o utilizador tem de manter um nível ridículo de conhecimento em programação para n estragar tudo sem querer….
Então nao… Linux nao é de longe nem de perto um sistema alternativo aos sistemas pagos..
Deixa-me dizer-te que nao usas Linux desde 1999. Não fazes mesmo a minima ideia daquilo que estas a dizer
não podias estar mais enganado!…,
Caro colegas e amigos, aqui fica o tão prometido guia. Muito simples e sem formatação: http://issuu.com/jopemina/docs/guia_substitutos_gratis_para_aplica__es_comerciais
Já agora uma boa solução para obter licenças gratuitas para programas pagos é este site http://www.giveawayoftheday.com/
todos os dias programas novos 😉
Bom trabalho João Nascimento
Isso é muito bom, mas como sei o que posso e não posso utilizar aqui no meu trabalho?? Porque pelos visto nem tudo o que não é pago pode ser utilizado no trabalho, certo???
Contrato de licenciamento, aparece o instalar e se não estou em erro aparece o tipo de licença.
@Pedro Pinto ,
Boa noite , como sempre , um Best de Tópico , perdoem-me o estrangeirismo .
Quanto ao Linux não se comparar ao Windows / Mac , como é evidente não estou de acordo , por isso tenho 5 das 8 maquinas que possuo com Linux , o Windows está com os putos e 1 com a minha esposa , essencialmente por causa dos jogos ( no caso dos miúdos , na outra situação preguiça em aprender claramente ), mas eles próprios já começam a equacionar-me se eu não lhes podia fazer um dual boot .
Aconselho todos os que têm má impressão de experimentarem mas com a mente aberta e maravilharem-se com um sistema que não custa 1 centavo e que tem programas free para fazer tudo , aconselho aos principiantes o Ubuntu 10,10 ou o Linux Mint 11 Katya e depois digam alguma coisa .
Mais uma vez Pedro excelente trabalho de esclarecimento , aceita os meus sinceros cumprimentos .
Serva
Enga
O Linux não chega ao calcanhares do Windows nem do Mac. Não aconselhes maus caminhos, não é correcto.
Encosta o famoso argumento “Mente aberta” para os nerds. Linux é bom? Sim é para os 5.2% dos utilizadores.
E baseias-te em quê para dizer isso? Entre o escritorio e o meu home cinema, tenho 17 devices. 13 têm linux, 1 tem windows (meo box) e os outros dois nao sei (router e conversor fibra da meo)
qual foi a parte do 5,2% que não percebes-te?!
se quiseres até podem ser 6%, ou 10%…
n compreendes que não é qualquer utilizador que perde tempo com linux, só por ser linux?!
Isso acontece porque vivemos numa sociedade que desde a primaria até ao 12º não se ouve sequer falar em Linux. Tirando claro os Magalhães que tem caixa mágica, mas que não suportam os jogadores que os muitos gostam de jogar hoje em dia
releia o que foi escrevi.
Muito bom artigo 😛
So penso que a GPL está a mais porque é uma licença e nao um tipo de licença. De resto muito bom 😀
Uma pequena correcção:
“3 grandes restrições que gerem e protegem o software com licença GPL:
Software livre pode ser distribuído (e comercializado não) por qualquer pessoa, mas o distribuidor tem de avisar o receptor acerca dos termos GPL”
O distribuidor só pode cobrar pelo trabalho de gravação e pelo suporte, não pode cobrar pelo software.
O GPL permite vender copias do software, sem limite no preco. A unica excepcao e’ quando se trata do codigo fonte, que tem de corresponder apenas ao custo de distribuicao (disponibilizar no site, enviar por correiro, etc).
“Does the GPL allow me to sell copies of the program for money?
Yes, the GPL allows everyone to do this. The right to sell copies is part of the definition of free software. Except in one special situation, there is no limit on what price you can charge. (The one exception is the required written offer to provide source code that must accompany binary-only release.)”
http://www.gnu.org/licenses/gpl-faq.html#DoesTheGPLAllowMoney
Fiquem Bem!
E que tal umas comparações com Apache 2.0, LGPL, etc..? às vezes da jeito para saber o que se pode usar em ambientes comerciais sem ter de se abrir o codigo 😛
Site com as alternativas open source ao software proprietário:
http://www.osalt.com/
também há este: http://alternativeto.net/
:DDDDD w33d
nossa tirei muitas duvidas