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Stephen Hawking: humanos devem deixar a Terra em 600 anos

O físico Stephen Hawking, que protagonizou uma agradável surpresa na abertura da Web Summit, com um depoimento muito otimista sobre o impacto da robótica e da inteligência artificial no futuro da humanidade, afirmou corajosamente que os humanos precisarão deixar a Terra para sobreviver.

Numa declaração recente, Hawking alterou as estimativas anteriores desta linha do tempo dizendo que os humanos devem deixar a Terra dentro de 600 anos.


Quem esteve na abertura do Web Summit, no passado dia 6, ouviu Stephen Hawking sem medo declarar a sua opinião. Falou de forma otimista sobre o uso que a humanidade dará à Inteligência Artificial, contudo, deixou também alguns alertas porque este poderá ser o processo do “melhor ou do pior para a humanidade”, no que toca ao futuro da inteligência artificial (AI).

 

Deixar a Terra

O professor Stephen Hawking expressou publicamente os seus medos sobre o futuro da inteligência artificial, a necessidade de uma nova era espacial, as realidades sérias do aquecimento global, como podemos alcançar outro sistema solar e que, como espécie, os humanos devem deixar a Terra para sobreviver.

Hawking declarou anteriormente que o nosso tempo na Terra é limitado a 100 anos, depois de originalmente estimar 1000 anos. Mas, num novo anúncio numa apresentação de vídeo no último domingo, 5 de novembro na Cúpula Web Tencent em Pequim, referiu que a espécie humana tem menos de 600 anos para deixar a Terra.

Estamos a ficar sem espaço e os únicos lugares a serem encontrados são outros mundos. É hora de explorar outros sistemas solares. Espalhar-nos pode ser a única forma de nos salvar de nós mesmos. Estou convencido de que os humanos precisam sair da Terra.

Não há sombra de dúvida que são as alterações climáticas que estão no alvo das preocupações de Stephen Hawking e de muitos outros cientistas.

Uma grande preocupação de Hawking, e de outros, é que a mudança climática já está a causar um aumento rápido do nível do mar. É possível que, se essa progressão não for diminuída por um corte de emissões, uma percentagem significativa do que atualmente é terra estará sob a água, além de vários outros efeitos imputados às mudanças climáticas, na vida dos humanos.

Mas o investigador vai mais adiante, não podemos deixar de ter em conta que o planeta está a ficar pequeno. Não, a Terra não está a encolher como terreno, o que temos de ter em conta é que atualmente estima-se que a população global tenha alcançado os 7,6 mil milhões, em outubro de 2017, e as Nações Unidas estimam que a população humana chegue até 11,2 mil milhões em 2100. Esse crescimento poderá ter consequências desastrosas.

 

DoomsDay… o dia do juízo final

DoomsDay é a representação do dia que os humanos terão de abandonar a Terra. Este dia hipotético foi comparado a um “Dia do Juízo Final”. Hawking afirmou em várias linhas temporais que iremos ter esse momento, teremos de encontrar uma nova casa, o planeta terá de ser um dia abandonado.

Com os projetos da NASA em andamento, além de outros como o SpaceX, além de outras agências governamentais e privadas em todo o mundo, é provável que, nas próximas décadas, atinjamos o objetivo de colocar humanos em Marte. E, entre as propostas para terraformar Marte há projetos muito inovadores, há mesmo concursos como o Mars City Design. É possível que, nesse momento em que os humanos tenham de sair da Terra, o planeta vermelho possa ser um dia o lar alternativo.

Além dos esforços para alcançar Marte, Hawking ajudou a lançar as Iniciativas inovadoras, uma série de projetos que procuram pesquisar “as grandes questões da vida no Universo”, inclusive encontrar e comunicar com a vida extraterrestre.

Alpha Centauri é um dos sistemas estelares mais próximos a quatro anos-luz de distância. Os cientistas acreditam que podem existir exoplanetas que possam promover a vida, assim como a Terra. Hawking está a apoiar o projeto Breakthrough Starshot, um empreendimento para alcançar esse sistema dentro de duas décadas recorrendo a uma pequena aeronave (nanocraft) que poderia viajar à velocidade da luz.

A ideia por trás dessa inovação é ter uma nanocraft no feixe de luz. Tal sistema poderia chegar a Marte em menos de uma hora, ou chegar a Plutão em dias, passar a Voyager em menos de uma semana e alcançar Alpha Centauri em apenas mais de 20 anos.

Referiu o cosmólogo britânico.

 

Em resumo…

Afinal, se Hawking estiver certo, temos mesmo de encontrar um novo planeta para chamar de “casa” e a este nível de crescimento da população e de destruição do ambiente… já não devemos ter assim tantos séculos para o fazer.

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