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Cobra robô desenvolvida para inspecionar infraestruturas em alto mar

A indústria do petróleo e do gás possui complexas e caras infraestruturas em alto mar. Assim, de forma a garantir que o funcionamento acontece segura e devidamente, as empresas gastam milhões em dispositivos para inspecionar estas plataformas. A mais recente inovação aparece num formato de cobra, mas é um robô carregado de tecnologia.

O robô atuará nos complexos marítimos petrolíferos e tem como missão tornar o trabalho de inspeção das infraestruturas mais seguro, mais barato e menos poluente.


Uma cobra submarina preparada para desempenhar várias tarefas

Sendo a indústria do petróleo e do gás em alto mar destacadamente poluente, os esforços não devem ser poupados, para que esta realidade seja invertida. Ou seja, devem ser encontradas alternativas para preservar, quer os reservatórios e oleodutos, quer outros equipamentos, de forma mais sustentável.

Nesse sentido, estão a ser desenvolvidos drones e robôs submarinos com apurada tecnologia que servirão para tornar o trabalho de inspeção das infraestruturas mais seguro, mais barato e menos poluente.

É entre essas novas tecnologias que está o Eelume: um robô de seis metros de comprimento, semelhante a uma cobra, equipado com sensores e uma câmara em cada extremidade.

Além de poder ser mantido numa estação de acoplamento, até 500 metros de profundidade, durante seis meses, sem ser trazido à superfície, o Eelume pode percorrer até 20 quilómetros sem precisar de regressar à estação para recarregar.

Mais, é capaz de alternar as peças necessárias para as diferentes tarefas a realizar numa infraestrutura de petróleo e gás. Por exemplo, ferramentas para operar válvulas submarinas, ou escovas de limpeza para remover o crescimento marinho e os sedimentos. O Eelume pode trabalhar autonomamente em tarefas atribuídas a partir de uma sala de controlo e enviar vídeos e dados de volta.

A sua estrutura semelhante a uma cobra permite que trabalhe em espaços limitados, bem como mexer-se para se manter no mesmo sítio, em locais com fortes correntes. Afinal, uma vez atracado, não representa qualquer preocupação, independentemente das condições do mar.

 

Robô pretende substituir navios tripulados e poluentes

Apesar de o trabalho de manutenção ser já feito, em muitos reservatórios e oleodutos, por veículos não tripulados, estes precisam de ser transportados até ao local num navio tripulado. Além disso, precisam de ser operados, ainda que remotamente.

Os navios de superfície a gasóleo emitem muito CO2, mas os robôs, como Eelume, não emitem quase nada.

Esclareceu Pål Atle Solheimsnes, engenheiro chefe da Equinor, um dos financiadores do projeto.

Por dia, este processo pode custar até 100 mil dólares, segundo revela Pål Liljebäck, chefe de tecnologia da Eelume Subsea Intervention.

Permitir que o robô se torne um habitante submarino, a viver numa estação de acoplamento, para que seja mobilizado a qualquer momento para fazer inspeções e tarefas de intervenção, e assim reduzir a necessidade de navios de superfície dispendiosos.

Disse Pål Liljebäck.

A Eelume Subsea Intervention, que desenvolveu o robô, e a Equinor realizarão testes finais no fundo do mar já no final deste ano, em Åsgard. No próximo ano, a startup espera instalar os seus primeiros robôs e, até 2027, tenciona ter 50 exemplares do robô distribuídos pelo mundo.

 

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