Podemos querer tudo mais elegante em termos visuais, mais qualidade nos materiais dos gadgets, mas sabemos que é a energia que faz movimentar o mundo e sem ela, o mais simples dos gadgets não funciona. Então o que mais se procura neste mundo da tecnologia é a revolução no segmento das baterias.
Temos falado na pesquisa incansável por alternativas às baterias de iões de lítio, como por exemplo as baterias de iões de sódio, mas o incremento parece não satisfazer a indústria. Querem mais, muito mais. Agora a descoberta está num protótipo que dizem armazenar até 5 vezes mais que as baterias convencionais.
Segundo a IFLScience a nova pesquisa publicada no Nature science journal descreve um protótipo de uma bateria de “lithium-oxygen”. Este protótipo de lítio-oxigénio é baseado num superóxido de lítio (LiO2) e consegue armazenar até 5 vezes mais que as actuais baterias de iões de lítio.
Será a chegada da Bateria de Ar?
De acordo com o artigo na Nature, estes tipos de baterias têm-se mostrado difíceis de desenvolver. No passado já havia sido experimentado mas o “LiO2 sólido foi difícil de sintetizar em forma pura, isto porque, em termos térmicos é instável.” No entanto, os investigadores descobriram agora”que o LiO2 cristalino pode ser estabilizado numa bateria Li-O2 recorrendo a um cátodo estável à base de grafeno”, tornando-se assim muito menos provável que essas baterias possam super-aquecer.
Esta descoberta realmente abre um caminho para o potencial desenvolvimento de um novo tipo de armazenamento portátil de energia. Embora seja necessária muito mais investigação, o ciclo de vida da bateria é o que estávamos à procura.
Explicou Larry Curtiss, um dos co autores do estudo.
Curtiss também explica que o uso de superóxido de lítio para armazenar energia oferece a promessa de criação de uma bateria de lítio-ar que é um sistema fechado e isso não exigiria a ingestão constante de oxigénio. Tais sistemas fechados são mais seguros e mais estáveis do que os sistemas abertos.
Poderá estar neste tipo de bateria o Santo Graal que investigadores por este mundo fora tanto procuram?